O mundo recebeu uma notícia chocante no dia 29 de dezembro de 2013. Heptacampeão de Fórmula 1, Michael Schumacher havia batido a cabeça em um acidente de esqui em Meribel, na França. Acostumado a desafiar limites, o alemão, hoje com 45 anos, estava entre a vida e a morte. Desde então, faltam notícias sobre seu estado de saúde. Entre o sigilo da família, que não divulga detalhes da recuperação, e a agonia dos fãs, o caso completa um ano nesta segunda-feira.
“Viciado em velocidade”, Schumacher sofreu um trauma grave ao bater o lado direito da cabeça em uma pedra. O capacete que usava quebrou com o impacto. Uma câmera acoplada ao capacete teria sido a causa do ferimento. O alemão se acidentou 4,5 metros fora da pista de esqui e foi catapultado por dez metros, o que levantou dúvidas sobre o que ele estaria fazendo ali. Investigação aberta pela polícia francesa concluiu que nenhuma irregularidade na pista de Meribel causou o acidente. O caso foi arquivado.
O ex-piloto precisou ser submetido a uma neurocirurgia de emergência no Hospital Universitário de Grenoble e entrou em coma profundo. Nos primeiros meses, os médicos trabalharam para despertá-lo. Ele perdeu 20 kg no período. Jornais franceses chegaram até a soltar boatos de morte, o que precisou ser desmentido pela equipe do hospital.
Ex-médico da Fórmula 1, o doutor Gary Hartstein usou sua experiência para fazer previsões pessimistas. De acordo com ele, a falta de reação do alemão aos estímulos poderia indicar um estado vegetativo.
"Se a resposta motora à estímulos externos é uma reação primitiva, temos más notícias, mas ainda assim deixa esperança à certo nível de recuperação. Números? Bom, esse nível de resposta indicaria a persistência de um estado vegetativo, mas, geralmente, 50% desses pacientes acordam, normalmente com um nível de sequela residual", afirmou o médico em seu blog.
Porta-voz oficial da família Schumacher, Sabine Kehm desconversou. "Como sempre, a minha resposta é: anúncios sobre a condição de saúde de Schumacher que não sejam feitos pelos seus médicos oficiais ou por sua equipe, precisam ser tratados como especulação", disse em fevereiro. E, de lá para cá, tudo que se anuncia é que o paciente apresenta “sinais encorajadores”.
O alemão foi transferido em setembro do hospital para sua casa, onde continua seu processo de reabilitação. Novidades, porém, só chegam por pessoas próximas. O francês Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e que trabalhou com o ex-piloto na Ferrari, falou em outubro que Michael “terá uma vida relativamente normal dentro de pouco tempo”. Já o ex-piloto Philippe Streiff contou que Schumacher está paralisado em uma cadeira de rodas e tem problemas de fala e de memória.
Kehm, por sua vez, não revela nada mais: "Nós precisamos de um longo tempo. Será um longo tempo e uma luta difícil", disse Sabine Kehm à Reuters pelo telefone. "Ele está evoluindo de forma apropriada, se considerarmos a severidade da situação", acrescentou, reiterando um comunicado que emitiu há cerca de um mês.
Em todo esse ano, nenhuma foto de Schumacher foi divulgada. Para a agonia dos fãs, fica apenas na imaginação o estado de saúde do ídolo.
Fonte: iG