Para o advogado da família materna de Bernardo, Marlon Taborda, este não é o fim da luta pela reabertura do processo,
Em decisão unânime, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou a reabertura das investigações sobre a morte da mãe de Bernardo Boldrini, morto em abril deste ano. Odilaine Uglione, segundo a versão oficial, se matou com um tiro na boca em 2010 no consultório do marido.
A avó do garoto recorreu, afirmando que ela teria sido assassinada, provavelmente por Leandro Boldrini. Não cabe mais recurso, já que a defesa de Dona Jussara perdeu por mais de um mês o prazo para recorrer da decisão em primeiro grau.
Porém, para o advogado da família materna de Bernardo, Marlon Taborda, este não é o fim da luta pela reabertura do processo. Ele aguarda um parecer do Ministério Público de Três Passos sobre o novo laudo técnico realizado por um perito particular.
No laudo entregue ao MP, constam indícios que Odilaine não cometeu suicídio. Por exemplo, havia resíduos de pólvora apenas na mão esquerda da mãe de Bernardo, mas ela não era canhota e sim destra.
Segundo a polícia, Odilaine estaria deprimida por causa do processo de divórcio. Para a mãe dela, Dona Jussara, a filha estava feliz por terminar o relacionamento após descobrir uma traição do marido. Caso se separassem, Leandro Boldrini teria de pagar R$ 1,5 milhão de divisão de bens e pensão de R$ 8 mil.
Entenda o caso
Bernardo Boldrini, de 11 anos, desapareceu em 4 de abril deste ano. O corpo dele foi encontrado na noite do dia 14 do mesmo mês, na cidade de Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio.
Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta Graciele, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada. O pai, a madrasta e os irmãos Wirganovicz foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Fonte: UOL