Internacional

Menino escapou de ofensiva talibã porque despertador não tocou

Dawood Ibrahim, de 15 anos, é um dos sobreviventes do ataque da escola pública do Exército em Peshawar realizado pelo Talibã na última terça e que deixou 132 crianças e adolescentes mortos. O menino conseguiu escapar porque, naquela manhã, seu despertador não tocou e ele acordou atrasado.

Dawood é o único sobrevivente de sua classe do nono ano, segundo disse seu irmão Sufyan Ibrahim em entrevisa ao jornal “The Express Tribune”. O menino está chocado com a morte de seus colegas de classe e o enterro de seis amigos em um mesmo dia, disse o irmão.
“Ele não está falando nada. Ele é um judoca e é uma criança forte, mas não está mostrando nenhuma emoção. Ele foi a enterros o dia todo. Ninguém da sua classe sobreviveu; todos morreram”, relatou o irmão.

A família de Ibrahim foi a um casamento no dia anterior ao ataque e, além de o despertador não ter funcionado na manhã de terça, Dawood dormiu demais. “Foi o destino”, afirma o irmão.

Nesta quinta-feira (18) estudantes paquistanese em Karachi se reuniram para prestar uma homenagem às vítimas do atentado. As comunidades paquistanesas em Sydney (Austrália) e em Nova York (Estados Unidos) também fizeram vigílias.

O ataque à escola gerida pelos militares, onde estudavam mais de 1.100 alunos, muitos deles filhos de membros do Exército, atingiu o coração da sociedade militar do Paquistão e representa um golpe certo para enfurecer o poderoso Exército do país. O movimento radical Talibã assumiu de imediato a responsabilidade pelo ataque, e alegaram que escolheram a escola dos militares em retaliação a ataques do Exército contra suas famílias.

Depois do episódio, que foi o atentado mais violenteo da história do país, o governo do Paquistão suspendeu a moratória da pena de morte em casos de "terrorismo".

O Talibã paquistanês, que luta para derrubar o governo e estabelecer um rígido regime islâmico, tem prometido intensificar os ataques em resposta a grandes operações conduzidas pelo Exército contra insurgentes em áreas tribais.
Os insurgentes têm atacado forças de segurança, postos de controle, bases militares e aeroportos, mas atentados contra alvos civis sem qualquer importância logística são relativamente raros.

Fonte: G1

Redação

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