Pesquisa divulgada pelo ManpowerGroup sobre expectativa de emprego no Brasil para o primeiro trimestre de 2015 mostra que os empregadores preveem um ritmo modesto de contratação para o período de janeiro a março – 16% esperam aumentar as contratações, 10% antecipam uma queda em seus quadros e 71% acreditam que vão manter suas equipes intactas. Com os dados ajustados, com variação sazonal, o índice da intenção de contratação é positivo em 8%, encerrando uma sequência negativa que durou por 12 trimestres consecutivos.
"As intenções de contratação no Brasil são visivelmente mais fracas do que em anos anteriores, mas é importante ressaltar que o constante declínio de 12 trimestres seguidos se encerrou neste. No entanto, nossa pesquisa revela sinais encorajadores de que os empregadores continuarão ampliando suas equipes. O índice positivo de 8% indica que o ritmo de contratação deverá se manter positivo e espera-se um crescimento de staff em todos os níveis de organizações ouvidas pelo estudo, diz Riccardo Barberis, diretor-presidente do ManpowerGroup Brasil.
De acordo com a pesquisa do ManpowerGroup, entre as 20 maiores perspectivas de contratação no 1º trimestre, o Brasil está em último lugar no ranking dos países.
O aumento de trabalhadores está previsto em seis dos oito setores da indústria, assim como todas as cinco regiões analisadas, no período de janeiro a março de 2015. “Os empregadores também continuam antecipando volume de contratações na maioria dos setores analisados e em todas as cinco regiões durante o próximo trimestre, indicando a espera de oportunidades para quem procura emprego no Brasil, principalmente em setores como serviços, finanças, imobiliário, seguros, comércio e varejo", diz Barberis.
Setores
As empresas que participaram do levantamento foram classificadas em quatro tamanhos. micro – menos de 10 funcionários; pequena – de 10 a 49 funcionários; média – 50 a 249 funcionários; grande – acima de 250 funcionários. A previsão aponta crescimento em todas as categorias, sendo que as mais otimistas são as de grande e pequeno porte, com perspectivas de contratação de +13% e +8%, respectivamente. Tanto as médias quanto as microempresas revelaram uma expectativa de crescimento de +5%.
Apenas os empregadores da indústria e da construção relataram planos de contratação negativos. Quatro dos oito setores analisados esperam melhorar em ambas as comparações.
Mais uma vez as mais fortes intenções de contratação são reportadas no setor de serviços, com índice de expectativa de emprego de +22%. Já a indústria foi o setor que relatou a menor intenção de contratação com -4%. Essa foi a primeira vez que o setor registrou marca negativa, desde que o estudo se iniciou no Brasil, no 4º trimestre de 2009.
Pela primeira vez o setor de construção teve intenção negativa com taxa de -1% neste trimestre. Já transportes e serviços públicos, que relataram +4%, sofreram uma redução de 6% em relação ao trimestre anterior e 13% em comparação ao 1º trimestre de 2014.
Regiões
Empregadores brasileiros anteciparam um ritmo de contratação positivo em todas as cinco regiões. No entanto, as expectativas foram mais fracas em duas regiões em relação ao trimestre passado e caiu em todas elas em relação ao mesmo período em 2014.
As mais fortes perspectivas são dos empregadores do estado do Rio de Janeiro, com índice de +11%. A cidade de São Paulo e os estados de Minas Gerais e Paraná reportaram a mesma taxa de +10%. A região com plano de contratação mais baixo é a Grande São Paulo, onde a intenção ficou em +8%, porém cresceu 4 pontos percentuais em relação ao trimestre passado.
Fonte: G1