Um senador democrata ligado à presidência afirmou nesta quarta-feira, antes de um anúncio oficial do presidente Barack Obama sobre Cuba, que Washington flexibilizará as restrições sobre o comércio e as viagens à ilha.
"Abrir a porta para o comércio com Cuba, as viagens e o intercâmbio de ideias levará a mudanças positivas em Cuba, o que nossa política de exclusão não conseguiu produzir em mais de 50 anos", afirmou em um comunicado o senador Richard Durbin, número dois do Senado.
O comunicado foi emitido depois do anúncio de que o americano Alan Gross foi libertado pelas autoridades de Cuba em troca de três agentes cubanos que cumpriam condenações nos Estados Unidos, segundo informou nesta quarta-feira à AFP um funcionário local.
"Gross foi libertado por razões humanitárias. Houve um intercâmbio com pessoas da área de inteligência", segundo a fonte.
Indagado se os três cubanos libertados eram os agentes presos em 1998 e que ainda estão em prisões americanas, o funcionário limitou-se a responder: "sim".
As autoridades cubanas libertaram nesta terça-feira o prisioneiro americano Alan Gross ante um pedido de caráter humanitário feito pelos Estados Unidos, afirmou um funcionário da Casa Branca.
"Gross já deixou Cuba em um avião americano rumo aos Estados Unidos"d, afirmou a fonte.
O americano de 65 anos cumpriu 5 de uma pena de 15 anos de prisão por "ameaças à segurança de Estado".
Instantes depois da divulgação da notícia, tanto a Casa Branca quanto Havana anunciaram, separadamente, que os presidentes americano Barack Obama e cubano Raúl Castro farão um pronunciamento sobre as relações dos dois países às 15 horas de Brasília.
A situação de Gross, detido em 2009 e condenado em 2011, era vista como o principal obstáculo para uma normalização das relações entre os dois países.
Fonte: Terra