Em entrevista à rádio CBN, André Bondezan, que mora próximo do local, informou que Marcia Mikhael, nascida em Goiás, está entre os reféns e postou declaração do criminoso em uma rede social dizendo que o terrorista pretende trocar reféns por anúncios do governo australiano.
"A imprensa não está noticiando, mas essa refém postou no Facebook mensagem onde diz que militante do ISIS [sigla em inglês para o Estado Islâmico] pediu para trocar refém por uma bandeira do Estado Islâmico e que, se um governante anunciasse que aquele era um ataque do ISIS, ele liberaria outros reféns", explicou durante entrevista para a rádio.
Nesta segunda-feira (15) cinco já conseguiram escapar do café. Imagens transmitidas pelas emissoras de televisão mostraram, uma hora depois de três homens deixarem o local, outras duas mulheres saindo correndo da cafeteria. No entanto, não se sabe se os cinco reféns escaparam ou se foram libertados pelo sequestrador.
Também não existem dados concretos sobre o número de pessoas que permanecem no interior do café, mas a polícia australiana estima que seja inferior a 30.
"Eu posso confirmar que temos um criminoso armado nas instalações, que detém um número indeterminado de reféns na cidade, na região de Martin Place", disse o comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Andrew Scipione. Ele também informou que nenhum contato foi estabelecido com o sequestrador.
Martin Place, no centro do distrito financeiro, foi evacuada, com dezenas de agentes cercando o Lindt Chocolate Cafe, onde uma bandeira preta com inscrições em árabe foi exibida da janela pelos supostos reféns, segundo imagens das televisões. A mensagem diz: "Não existe outro Deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta".
O comissário da polícia afirmou, porém, que as autoridades ainda não confirmaram se o incidente está relacionado ao terrorismo.
"Estamos lidando com uma situação de reféns, com um criminoso armado", disse. "Nós queremos resolver o caso pacificamente e faremos tudo o que for preciso para garantir isso".
Fonte: iG