A taxa de desemprego no Brasil continua estável e baixa, mas a taxa de emprego na indústria caiu.
A taxa de desemprego hoje no Brasil é considerada, em geral, muito baixa, e comemorada como uma das principais conquistas da atual política econômica, mas é preciso cautela antes de estourar a champagne e partir para o abraço.
Para começar, existem duas contas diferentes. Na primeira, o IBGE diz que a taxa de desemprego é de 4,7%, mas essa pesquisa só analisa seis regiões metropolitanas do país.
A outra pesquisa é a Pnad Contínua, nome feio, mas que tem um diagnóstico muito mais preciso. Ela faz o raio-x do mercado de trabalho em 3,5 mil municípios e neste levantamento, segundo o mesmo IBGE, a taxa de desemprego no Brasil é de 6,8%.
Comparando com o resto do mundo, a taxa de desemprego na Grécia é de assustadores 25,7%. Na Espanha, de cada 4 trabalhadores, um está sem trabalho. Em Portugal, 13,6%. Na Itália, mais de 12% e na França, 10,5%.
Outros países desenvolvidos têm taxas bem menores, como o Reino Unido, 6%, Estados Unidos, 5,8%, Alemanha 5% e Coreia do Sul, menos ainda, 3,5%.
Na América Latina, o Chile tem 6,7%, desemprego maior que o do Peru, 5,7%, México, 4,8% e Equador, 3,9%, não pior que o Brasil, que ganha de muitos desses países.
Contratar no Brasil custa caro, demitir, muito mais caro ainda, por isso, o empresário espera até o último minuto antes de sair cortando vagas. Mas parece que o último minuto chegou porque há sete meses seguidos, a indústria está fechando postos de trabalho.
Fonte: G1