Livro 44 é a obra que o jornalista Eduardo Gomes de Andrade escreveu em 244 páginas sobre fatos que ele julga importantes e interessantes, ocorridos na área mato-grossense remanescente após a divisão territorial para a criação de Mato Grosso do Sul.
O livro chegará a bancas e livrarias em Cuiabá no próximo dia 16, mas segundo o autor, não haverá lançamento. “Longe de mim o rótulo de escritor e, além disso, sou avesso a festas e solenidades”, justifica Eduardo Gomes, que prefere ser visto somente enquanto repórter com longa militância na imprensa mato-grossense.
A publicação não tem apoio de leis de incentivos culturais nem patrocínio e foi escrita nos meses de setembro a novembro deste ano, nos intervalos da rotina diária do autor. O livro é abrangente e seu marco temporal é 10 de maio de 1970, data em que seu autor, mineiro e oriundo de Minas Gerais, se encontrou com Mato Grosso pela primeira e nunca mais o deixou.
O autor admite que o livro não conseguiria falar ainda que superficialmente sobre os principais fatos no período de 44 anos a que ele se reporta. Por isso, centrou o texto sobre alguns pilares, a exemplo do agronegócio, transporte, questão indígena, setor mineral, Cuiabá e a divisão territorial. Nesse contexto inserem-se os novos municípios, que são apresentados por seus aspectos históricos, culturais e econômicos, mas sempre pela visão de sua gente, principalmente as figuras mais humildes e que são mantidas fora do noticiário. Os assuntos atravessam de um para outro tema e não sofrem engessamento cronológico.
Eduardo Gomes observa que não se trata de obra biográfica e que o livro não tem pretensão de se apresentar enquanto conteúdo histórico oficial nem como ferramenta estatística. Mesmo assim 44 reúne muitos números interessantes sobre aspectos populacionais, atividades econômicas, indicadores sociais.