Investigações da polícia apontam que o incêndio que atingiu a Uniesp, na República, Centro de São Paulo, na semana passada, foi criminoso. Uma auxiliar de limpeza morreu. A diretora da faculdade particular prestou depoimento à Polícia Civil na terça-feira (9).
Após quase duas horas de depoimento, Márcia Regina dos Santos Feldman saiu da delegacia acompanhada por dois advogados e não quis conversar com a imprensa. A polícia teve que mandar buscá-la na universidade porque ela não foi prestar depoimento nos dias que tinham sido marcados.
O delegado Reinaldo Vicente Castello afirmou que a diretora confirmou que houve dois incêndio menores no prédio naquele dia antes de um terceiro destruir os últimos andares. Para o delegado, a universidade não deu importância.
“Desde que, na sequência, aconteceu um novo incêndio em outro local totalmente dissonante, nós entendemos que havia necessidade de se haver evacuação do local”, declarou. A Polícia Civil agora busca identificar quem ateou fogo.
Nos próximos dias, o delegado vai começar a ouvir alunos e funcionários. Os investigadores buscam imagens das câmeras de segurança que ajudem a entender o que aconteceu no 14º andar.
O prédio que fica na Rua Conselheiro Crispiniano continua interditado. Segundo a polícia, o imóvel não tem alvará do corpo de bombeiros. Além disso, o prédio possui projeto técnico, mas sem o laudo de vistoria aprovado pelos bombeiros, de acordo com a corporação.
Eliana Quintino, de 49 anos, foi encontrada dentro de um dos elevadores. Ela trabalhava como auxiliar de limpeza para sustentar seis filhos. Em nota, a Uniesp informou que a funcionária havia decidido, por conta própria, voltar ao prédio para retirar seus pertences. A faculdade disse que dá assistência à família das vítimas.
Fonte: G1