PT deve anunciar na terça-feira (9) o seu candidato à Presidência da Câmara dos Deputados. No partido e em aliados como o PCdoB, existe uma pressão para encontrar alguém que dispute o cargo contra o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Cunha já oficializou sua entrada na disputa. Ex-presidente, o deputado paulista Arlindo Chinaglia é considerado o nome mais forte. Recém-eleito, o ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias (MG) é visto como uma alternativa. Pesa a favor de Patrus o perfil mais conciliador e a força que os mineiros têm na nova bancada do partido. O número de petistas eleitos por Minas é o mesmo que o de São Paulo: dez. Com a diferença que os paulistas elegem uma bancada de 70 deputados, 17 a mais do que o segundo maior colégio eleitoral do País.
Arlindo também foi líder do governo e é visto como um petista próximo ao Planalto. Durante o atual mandato, seu grupo enfrentou uma oposição na bancada do PT, de um grupo comandado por Cândido Vaccarezza (SP), deputado que não foi reeleito. Apesar de não ter mais tanta concorrência entre seus colegas de partido, a proximidade com a presidenta Dilma pode provocar um efeito negativo. O motivo é a relação tensa do Executivo com o Legislativo, agravada no último mês por conta da ameaça de corte das emendas parlamentares. A postura de independência de Cunha é vista como um dos trunfos de sua candidatura, principalmente pela possibilidade de atrair também opositores interessados em provocar uma derrota do governo. Mesmo entre os petistas, existe quem defenda uma composição com Cunha para evitar que isso aconteça.
Ig