O Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), autarquia responsável pelo transporte público, confirmou a transferência de R$ 35 milhões para pagamento de parte da dívida com empresas de ônibus. O atraso no pagamento de salários de motoristas e cobradores que, segundo as empresas, se deve à falta de repasse do governo, levou funcionários de três das cinco empresas de transporte coletivo que prestam o serviço público no DF a entrar em greve na última quinta-feira (4).
Como a transferência foi feita ontem (6) e só deve ser creditada na conta das empresas às 9h de amanhã (8), faltando ainda o repasse aos trabalhadores, os motoristas e cobradores devem manter a paralisação pelo menos durante a manhã desta segunda-feira (8), quando está marcada nova assembleia para discutir a situação.
Com a paralisação dos trabalhadores das empresas de ônibus Urbi, Pioneira e Marechal, mais de 1.500 ônibus estão parados, afetando cerca de 700 mil passageiros. O Sindicato dos Rodoviários informou que existe falta de confiança de funcionários e que a paralisação deve continuar até que a situação esteja completamente resolvida.
O diretor de Comunicação do sindicato, João Jesus de Oliveira, disse, antes da confirmação da transferência, que não acha justo que o trabalhador fique sem receber por causa de um problema entre as empresas e o governo. “Vão ficar parados os carros até as empresas resolverem o pagamento para os trabalhadores, porque já está no limite. Os trabalhadores vêm sempre negociando com as empresas e elas sempre atrasando o pagamento. Eles não aguentam mais e resolveram parar as atividades”, disse o diretor do sindicato. Além dos funcionários das três empresas de ônibus, as cooperativas de micro-ônibus MCS e Alternativa também paralisaram as atividades por falta de pagamento.
De acordo com o DFTrans, a dívida com as empresas de ônibus chega a R$ 70 milhões. As empresas que paralisaram atendem às regiões administrativas de Taguatinga, do Park Way, à Ceilândia, Guará, de Águas Claras, do Núcleo Bandeirantes, de Samambaia, do Recanto das Emas, Riacho Fundo 1 e 2, de Itapoã, do Paranoá, Jardim Botânico, Lago Sul, da Candangolândia, de Santa Maria, São Sebastião e do Gama.
Fonte: Agência Brasil