Desde as primeiras articulações sobre a concessão à iniciativa privada da Arena Pantanal, a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) tem se posicionado contra qualquer argumento neste sentido. Segundo o presidente do órgão, Helmute Laswisch, esta atribuição não irá resolver os problemas do estádio.
“Não vai resolver em nada [a concessão]. Se for assim, vamos privatizar as escolas e os hospitais para resolver então este tipo de problema. Se construir já foi um erro por conta da enorme quantia gasta, privatizar vai ser pior. Então, em nome da federação, digo que privatizar não é a solução”.
Ele avalia que a construção da arena foi um passo de extrema importância para o futebol em Mato Grosso, mas que a gestão do estádio deve ser vista com mais cuidado. Para ele, deve haver uma boa administração por parte do governo para que o espaço seja usufruído de forma produtiva pela população.
“Tem que haver uma gestão compatível com o que a arena precisa, para ajudar a fomentar o esporte local. Além disso, tem que haver ‘espírito público’ para conservar o cartão-postal da nossa cidade, não pensando somente em dinheiro. Por isso, a federação é radical no posicionamento”.
O presidente ainda frisou que esteve reunido com o governador eleito, Pedro Taques, para apresentar novos planos de uso da arena. Conforme Helmute, Taques tem se mostrado bem receptivo neste sentido e que a federação não pretende interferir nos planos da nova gestão, mas que irá acompanhar de perto toda a ação.
“Nos reunimos umas duas ou três ocasiões. Apresentamos alguns argumentos para o governador [eleito] e a equipe de transição, nosso posicionamento e serviço. Pensamos em uma intervenção inteligente para que se exerça o espírito público, além de ajudar no processo também. Se achar que não precisa da nossa ajuda, tudo bem. Vamos respeitar o espaço até certo momento; caso eles comecem a errar, nós teremos que interferir”, afirmou.
