A Ucrânia e os separatistas pró-Rússia da região de Luhansk aceitaram um cessar-fogo que entrará em vigor em 5 de dezembro, anunciaram a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e o líder insurgente da área.Em uma reunião no dia 29 de novembro entre um general russo, outro ucraniano, separatistas e representantes da OSCE foi definido um "cessar-fogo total na linha de frente" a partir de 5 de dezembro, confirmou o líder da república separatista de Luhansk, Igor Plotnitski.
"Todos pactuaram um cessar-fogo total em toda a linha de separação entre as Forças Armadas da Ucrânia e aquelas (forças) que estão sob o controle da RPL. O acordo estará vigente a partir de 5 de dezembro", detalhou a OSCE.Além disso, as duas partes concordaram em começar com a retirada de todo o armamento pesado dessa linha de separação a partir do sábado (6).Já os insurgentes da vizinha Donetsk se reunirão nesta terça com representantes do Estado-Maior das tropas ucranianas, na capital da região, para tentar chegar ao mesmo acordo, informou o centro de imprensa das forças de Kiev.
"Será dada atenção especial à situação no aeroporto de Donetsk, já que é uma infraestrutura importante, tanto para as Forças Armadas da Ucrânia" como para os rebeldes, disseram as forças de Kiev em comunicado, de acordo com o site do jornal "Ukrainskaya Pravda".Apesar dos acordos de cessar-fogo alcançados em setembro entre Kiev e os insurgentes pró-Rússia, assinados em Minsk (Belarus) nos dias 5 e 19 de setembro, as hostilidades entre as partes não foram interrompidas, praticamente, em nenhum momento.
O aeroporto de Donetsk, controlado pelas tropas ucranianas e assediado pelas milícias rebeldes, se transformou desde então no palco de repetidos ataques.Além disso, a própria cidade de Donetsk, habitada por um milhão de pessoas antes do início da guerra em meados de abril, sofre praticamente todos os dias com fogo de artilharia.Na semana passada, a ONU apresentou um relatório da missão de direitos humanos que informou que o conflito armado no leste da Ucrânia causou a morte de 4.317 pessoas e deixou 9.921 feridos desde abril.
G1