O presidente da Câmara Municipal de Cáceres (215 km de Cuiabá), vereador Alvasir Ferreira Alencar (PP), cobra da Secretaria Estadual de Saúde (SES) o repasse para manutenção do Hospital Bom Samaritano. O parlamentar afirma que o recurso, oriundo do Governo Federal, já foi repassado para as contas do Estado que, por sua vez, não realiza o repasse para a administração do hospital desde o mês de setembro.
Alencar declara que o contrato entre o hospital e a SES não foi assinado, o que ocasionou no atraso de cerca de R$ 105 mil.
“Estão para assinar este contrato desde agosto e até o momento nada foi feito. O Governo Federal mais o Estado se comprometeram em repassar R$ 35 mil por mês, o que não é cumprido desde o mês de setembro”, declarou o parlamentar.
O presidente da Câmara explica que o hospital O Bom Samaritano é o único em Mato Grosso referência no tratamento de doenças dermatológicas como pênfigo, (fogo selvagem), hanseníase, leishmaniose e úlceras alérgicas dentre outros. Atualmente, a unidade recebe doações dos segmentos da sociedade organizada.
“O hospital atua 100% filantrópico, com a ajuda de amigos empresários e entidades. Mesmo sem o repasse do governo, os pacientes continuaram sendo atendidos, os servidores permaneceram trabalhando”, explicou Alencar.
Em reunião com Allan Basílio, secretário adjunto de Saúde, o vereador, que contou com a ajuda do deputado estadual Ezequiel Fonseca (PP), recebeu a promessa da solução do problema. “Prometeram que até o dia três deste mês o contrato será assinado e os repasses atrasados serão pagos”, afirmou.
História
O Hospital O Bom Samaritano, fundado em 1972 pelos Freis Holandeses, em missão religiosa em Cáceres-MT, presta atendimento dermatológico a pacientes carentes de Cáceres e Região. Até o ano de 2005 contou para sua manutenção e permanência com recursos do SUS, apoio da comunidade, mas principalmente com apoio financeiro da Fundação Memisa da Holanda.
Já em 2006, sem o apoio da Holanda, o hospital passou por situações de emergência e com risco de encerramento dos trabalhos por falta de recursos financeiros, fato que levou o então presidente Frei Gumaru, preocupado, frente as dívidas que se acumulavam, chamar a sociedade organizada para que juntos encontrassem um meio de mantê-lo ativo.
A resposta veio por meio dos Clubes de Serviços, Lojas Maçônicas e Igrejas, que assumiram a gestão.