Fotos: Ednei Rosa
Mesmo sob chuva, nesta sexta-feira (28), as avenidas centrais da capital foram tomadas pela 12ª edição da Parada da Diversidade Sexual. Neste ano o ato teve como tema: “Direitos Civis: não queremos nada de mais”.
Três caminhões ‘trio-elétrico’ saíram da Praça Ipiranga, no centro, e seguiu até a Praça do Chopão, levando uma multidão de pessoas, tanto da comunidade LGBT como simpatizantes do movimento.
Um dos organizadores do evento, Clóvis Arantes, reforçou a falta de politicas públicas para o grupo homossexual e destacou que a festa é uma grande oportunidade para todos os cuiabanos tomarem conhecimento sobre o tema.
“A festa é para mostrar a população que a comunidade LGBT precisa ter seus direitos reconhecidos como cidadãos”, afirmou Arantes.
Policiais Civis e Militares, e Agentes de Transito (Amarelinho) estiveram no local para fazer a segurança e organizar o trânsito na região durante o evento.
Adriano Real, investigador do Grupo de Combate a Homofobia (Greco) da Polícia Civil, pontua que “os números de violência homofóbica são crescentes em todas as áreas, na educacional, profissional e familiar”.
Aproveitando o momento, Adriano também destacou a importância das vítimas de denunciarem esse tipo de violência, e que para isso, é preciso conscientizá-las. O investigador deixa o número para que as vítimas possam denunciar 3613-5620, e procurar pelo mesmo.
Além de curiosos que acompanhavam a Parada o nova-iorquino, Andrew Cicchetti, que mora em Cuiabá há dois anos, também participou da caminhada. O estrangeiro veio para a capital mato-grossense por conta de seu parceiro, que não conseguiu o visto permanente nos Estados Unidos. Ele que sempre participou do movimento em sua terra natal achou muito emocionante ver essa festa aqui em Cuiabá.
“É muito bom ver esses jovens, mães com seus filhos da um senso de segurança, quer dizer o preconceito (ou não) vem da alma de cada um”, comemorou Andrew.
“Sou homo, ‘bofinho’, tenho um filho e estou com ele aqui, na Parada Gay, para mostrar que não há falta de respeito nenhum em estar com crianças em um ambiente como esse de diversidade e respeito”, disse a militante Beatriz Silva que ressaltou que a sua “opção sexual não vai influenciar em ele ser heterossexual ou não”.
Para Laila Guimarães, 38, “acima de tudo tem de haver respeito com o ser humano”, disse a mãe que estava acompanhada da filha de 22 anos, Jéssica Brenda.
Uma personalidade ilustre também compareceu ao evento, o ator do programa Zorra Total, Ataíde Arcoverde, que interpreta o ‘Salsichão’, esteve pela 1ª vez na Parada de Cuiabá, natural de é de Guiratinga (340km da Capital), o ator se encantou com a festa.
“Pagamos impostos como todos, temos obrigação como qualquer cidadão, então, por favor, temos também o dever de respeitar o próximo”, ressaltou Arcoverde.
Durante o percurso, a Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), acabou ficando congestionada. Mesmo com os transtornos, trabalhadores dos arredores apoiaram o movimento.
