Estabilidade econômica, densidade demográfica, disponibilidade de espaço para o crescimento da cidade. Estes são os maiores atrativos que a capital mato-grossense oferece nos últimos anos para empresários de diversos setores.
Para se ter uma ideia do perfil econômico do local, a região metropolitana de Cuiabá, incluindo Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger e Nossa Senhora do Livramento, apresentou crescimento surpreendente nos últimos 10 anos. De 2000 a 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) mais que triplicou, passando de R$ 4,57 bilhões para R$ 14,8 bilhões, como aponta pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgada agora em novembro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela ainda que de 2010 até 2014 o aumento populacional de Cuiabá é de quase 25 mil novos residentes. Se as cidades de Cuiabá e Várzea Grande acompanharem a mesma proporção de crescimento populacional do Estado de Mato Grosso até 2020, a região chegará a marca de quase um milhão de habitantes.
O padrão de vida também aumentou na região. Conforme o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM), divulgado no ano passado, a renda média per capita da população mato-grossense quase dobrou nos últimos 20 anos, passando de R$ 395,34, em 1991, para R$ 762,52, em 2010. Os dados do Pnud mostram que hoje a renda per capita mensal dos moradores da região metropolitana fica entre R$ 335,56 e R$ 4.207,97.
Além do crescimento populacional, e aumento de renda na região, as estruturas urbanas das cidades estão sendo remodeladas, principalmente em Cuiabá. Locais que eram vistos como distantes ganham centenas de moradores graças à criação ou à reforma de vias de acesso e avenidas provenientes dos investimentos realizados em razão da Copa do Mundo de 2014.
De acordo com o vice-presidente do Sinduscon-MT e empresário do setor imobiliário, Julio Cesar de Almeida Braz, apesar das dúvidas levantadas quanto à tendência de valorização imobiliária em Cuiabá, ao chegar aos últimos dias de 2014, o balanço é positivo para o setor. O empreendedor chega à essa conclusão considerando diversos fatores que influenciam diretamente no valor dos imóveis, como o valor dos terrenos e insumos.
“O crescimento do setor e a valorização dos imóveis não são mais tão impressionantes como encontrávamos em 2010, por exemplo, ano em que percebemos um boom em lançamentos na capital e elevação extrema dos preços. Mas a tendência de valorização continua com toda a certeza pelos próximos anos, com os imóveis voltando à preferência dos investidores como opção à nova realidade econômica do Brasil”, afirma Braz.
O Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi), em sua pesquisa anual divulgada em outubro deste ano, revela que que quase 14.000 novos imóveis residenciais e quase 3.000 unidades comerciais serão entregues até 2017, número que, segundo Julio não será suficiente para reduzir o déficit de imóveis na capital.
“Percebemos a chegada constante de novas pessoas atraídas pelo potencial econômico do nosso Estado. Além disso, a Grande Cuiabá está perto de ultrapassar a barreira de um milhão de habitantes em relativo curto espaço de tempo, o que irá gerar grande crescimento econômico com novas empresas e indústrias. A demanda por novas moradias e empreendimentos comerciais é constante”, pontua o vice-presidente.
Esse crescimento e fortalecimento econômico da região tem atraído a atenção de empreendedores que começam a adotar estilos de construções que já são sucesso em grandes capitais. De acordo com Braz, o mercado local demanda e está preparado para receber complexos que aglutinam torres residenciais, comerciais e uma gama variada de serviços, como shopping center, hotel e centro de convenções. “O conceito de complexo multiuso, que é realidade em locais nobres de São Paulo, por exemplo, será realidade em Cuiabá em um curto espaço de tempo”, observa o empreendedor.
Esse novo conceito de empreendimento trará muitas novidades para o mercado cuiabano, seja no setor imobiliário ou mesmo de serviços. “Esse estilo construtivo explora um nicho de mercado que quer cada vez mais comodidade quando se trata de morar, trabalhar e ter lazer, sem perder tempo ou paciência com grandes deslocamentos. Além disso, marcas de renome internacional serão atraídas com a possibilidade de locais propícios para o consumo de alto padrão”, afirma Braz. (acessoria)