Mano Menezes manifestou sua insatisfação pela maneira de que vem sendo tratada a definição do próximo técnico do Corinthians. O atual treinador, que chegou a ser praticamente descartado publicamente para a próxima temporada, ganhou força com a iminente classificação à Copa Libertadores.
"O Corinthians falou bastante por aí. O presidente disse que não renovaria comigo por situações políticas do clube. Criou-se certo constrangimento, as coisas foram um pouco mal conduzidas. Não deveria ter sido da maneira como foi conduzido", afirmou o gaúcho em entrevista ao Sportv.
As situações políticas referidas são as eleições presidenciais marcadas para 7 de fevereiro. O grupo ao qual pertence o presidente Mário Gobbi – que tem Roberto de Andrade como candidato – já deixou clara sua reprovação à possível renovação do contrato de Mano.
A situação mudou um pouco com a recente sequência de vitórias do Corinthians, mas Tite continua sendo o nome favorito. Gobbi explicou que tentará um consenso entre os candidatos por um nome. Não havendo, definirá o treinador de 2015 com Andrade e o ex-presidente Andrés Sanchez.
Sempre disposto às comparações com Tite que lhe são favoráveis – ele evita traçar paralelos com os melhores momentos do antecessor, campeão estadual, nacional, continental e mundial em preto e branco -, Mano brincou que é "mais ofensivo", mas preferiu não se lançar em disputa pelo cargo de comandante no próximo ano.
"A minha decisão vou tomar depois do Campeonato Brasileiro", comentou o atual treinador, que não se cansa de repetir que voltou ao Corinthians para conduzir um trabalho de reformulação. Os frutos, diz ele, virão a partir da temporada que vem: "estamos com mais ou menos 30% do trabalho feito".
Manter a série de bons resultados estabelecida – são quatro vitórias consecutivas no Brasileiro, com duas rodadas restantes – pode dar a Mano mais um ano no Corinthians. O que diz o coração do gaúcho? "Meu coração disse, alguns dias atrás, para eu ficar calado sobre esse assunto", sorriu.
Terra