O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que o país "vai responder com pulso firme ao assassinato brutal de judeus que foram surpreendidos por assassinos condenáveis" enquanto oravam em uma sinagoga.Pelo menos quatro israelenses foram mortos e oito ficaram feridos quando dois homens armados com facas, machados e revólveres atacaram uma sinagoga em Jerusalém Ocidental.Os responsáveis pelo ataque, palestinos de Jerusalém Oriental, foram mortos a tiros, segundo a polícia isralense.
Após o incidente, o gabinete do primeiro-ministro israelense reagiu pelo Twitter prometendo uma resposta dura.Em uma declaração, o primeiro-ministro declarou que o episódio é "o resultado direto da (campanha de) incitamento liderada pelo Hamas e por Abu Mazen (como é conhecido o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas)".
"Incitamento que a comunidade internacional está ignorando de forma irresponsável", afirmou Netanyahu.O partido Fatah, de Abbas, concordou no início deste ano em formar uma coalizão com a facção palestina rival, o Hamas. O Hamas e outro grupo militante palestino, o Jihad Islâmico, elogiaram o ataque.O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que o ataque na sinagoga foi um ato "de puro terror" e pediu que a liderança palestina condene o ato.
Tiroteio
O ataque ocorreu em uma comunidade predominantemente de judeus ortodoxos, em um seminário no bairro de Har Nof. Os dois responsáveis pelo ataque seriam primos."Tentei escapar. O homem com a faca se aproximou. Havia uma mesa e cadeira entre nós… meu xale de oração ficou preso, deixei para trás e escapei", disse um dos israelenses a um canal de televisão local.
O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, afirmou que o incidente está sendo tratado como um "ataque terrorista". Ele informou que houve tiroteio quando os policiais chegaram ao local e que os responsáveis pelo ataque foram mortos na entrada do edifício.Fotos postadas na internet por um porta-voz militar israelense mostraram corpos entre mesas e cadeiras e manchas de sangue no chão.De acordo com Rosenfeld, o local foi isolado e os feridos – seis fiéis e dois policiais – foram levados para hospitais de Jerusalém.
Tensões
O novo ataque ocorre em meio à tensão crescente em Jerusalém, principalmente na área que cerca o complexo do Monte do Templo – chamado pelos muçulmanos de al-Haram al-Sharif.O complexo é considerado o local mais sagrado para o judaísmo e também é a sede da mesquita de Al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos.
Um ativista judeu de direita, o rabino Yehuda Glick, foi baleado e ficou gravemente ferido no mês passado. Ele fazia campanha para que os judeus voltassem a rezar no Monte do Templo, o que atualmente não é permitido.Após o ataque, o palestino suspeito de atacar o rabino, Moataz Hejazi, foi baleado ao abrir fogo contra policiais israelenses que cercavam sua casa. Centenas de pessoas participaram do funeral dele.
G1