A mãe do garoto de 9 anos que foi agredido por uma vizinha no elevador do prédio em que moram, na Vila Maria, na Zona Norte de São Paulo, diz que ninguém tem direito de bater em ninguém. O menino tem autismo, um transtorno que afeta a capacidade de comunicação e socialização.A agressão ocorreu no dia 6 de novembro e foi gravada por uma câmara de segurança do prédio. O vídeo mostra que sem motivo aparente, a vizinha se desentendeu com a criança de 9 anos, e passou a agredi-la. Primeiro com tapas e depois com chutes.
O que nos queremos é dizer não à violência. independente de ser uma criança especial, mas que é totalmente socializada, ele tem condições de estar na sociedade. E não à violência para qualquer tipo de situação. é um ser humano. não se bate em cachorro, não se bate em ser humano, ninguém tem o direito de bater em ninguém, afirmou Andrea de Paula Nunes, mãe da vítima, ao Bom Dia Brasil.A mãe do menino estava chegando do trabalho quando recebeu um telefonema do filho no dia da agressão. "Mãe, uma moradora me bateu, mãe uma moradora me socou muito. Ela é muito mau, disse o garoto à mãe.
Após o relato, a mãe decidiu procurar a vizinha, mas ela negou ter batido na criança. Depois que viu as imagens no elevador, a mãe da criança denunciou o caso à polícia, que abriu inquérito no 90º Distrito Policial e indiciou a agressora por lesão corporal. Em depoimento, a agressora que pode pegar até um ano de prisão, disse que o menino arremessou uma mochila em direção à filha dela.O menino ficou com hematomas. O resultado do exame de corpo de delito, divulgado na noite desta quinta-feira (13), aponta lesão leve no peito e no rosto.
Tenho certeza. que a Justiça dentro do que é cabível nos dará uma resposta digna. Se eu não tivesse visto o vídeo não saberia e iria ser mais um caso que ficaria impune, desafaba a mãe.depoimento à polícia, Amanda Gyori, de 25 anos, confirmou que agrediu o menino. Ela disse que ficou cega depois que o menino teria batido a mochila da escola na filha dela de 4 anos. Procurada pela reportagem, a agressora não quis dar entrevista.Segundo o delegado Antonio Carlos Corsi Sobrinho, a mulher não mostrou arrependimento.No final do indiciamento ela disse: ah, eu não devia ter feito, eu preciso fazer um tratamento pra poder ficar mais calma, relatou.O relato do delegado sobre o caso vai para o Ministério Público que deve oferecer denúncia da agressão.
G1