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Chefe de esquema de agiotas no RJ é preso

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Coordenadoria de Inteligência da PMERJ (CI/PMERJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (CSI/MPRJ), prendeu um homem apontado como chefe de um esquema de agiotas. José Ricardo Pereira da Costa foi preso na mansão dele, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. A GloboNews teve acesso as imagens da operação que começou na madrugada desta quarta-feira (12).

A Operação Lucro Fácil ainda acontecia na manhã desta quarta em diversos pontos do estado. O objetivo da ação é cumprir mandados de prisão preventiva contra 41 pessoas, incluindo dois policiais civis e um militar, acusadas dos crimes de quadrilha armada, agiotagem, extorsão e corrupção ativa. Segundo o MP, também estão sendo cumpridos 72 mandados de busca e apreensão e o sequestro, bloqueio e indisponibilidade dos bens e valores dos denunciados.

Segundo a denúncia, o grupo agia a partir de vários escritórios de agiotagem espalhados nos municípios de Macaé, Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias, Queimados, Barra Mansa, Nova Iguaçu, Parati, Itaguaí e Campos.Eles concediam empréstimos de dinheiro sob juros superiores a 30% ao mês, bem superior ao permitido por lei.Nas hipóteses de inadimplência ou atrasos no pagamento por parte dos clientes, as cobranças eram realizadas mediante extorsão e roubo praticados pelos membros da quadrilha, envolvendo ameaças e violência física contra os devedores e/ou seus familiares.

Para a obtenção do empréstimo, a vítima comparecia a um dos escritórios e fornecia cópias de documentos pessoais, contracheque, endereços residencial e profissional e números de telefone, além de contatos de pessoas próximas, como parentes e vizinhos, e assinava uma nota promissória no valor da dívida. Os denunciados não exigiam qualquer comprovação de renda ou patrimônio como garantia, bastando o preenchimento de um cadastro, com o fornecimento desses dados.

Depois de formalizar o negócio, os criminosos entravam em contato com um escritório central denominado controle, onde eram registradas todas as informações para a coordenação das ações (valores dos débitos, dados cadastrais, datas de vencimento etc.). Os escritórios recebiam codinomes para identificação entre os próprios integrantes da quadrilha, como Marte, Mercúrio, Saturno, Júpiter, Terra, Plutão, Sardinha, Tainha e Garoupa, entre outros.

Para perpetuar a dívida, a quadrilha inibia o pagamento integral do débito, ludibriando o devedor a pagar somente o montante dos juros, somando assim mais juros ao saldo devedor remanescente.

G1

Redação

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