Cidades

Jovens vão às provas em busca do sonho da Universidade

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das iniciativas políticas mais importantes da sociedade brasileira. A partir de 2009 a prova deixou de ter o caráter meramente avaliativo da qualidade do ensino médio no Brasil, quando foi criada em 1998, e passou a ser a porta de entrada para a maioria das universidades públicas do país, além de ser pré-requisito para o acesso a programas sociais de financiamento estudantil aos que não conseguiram vaga nas instituições gratuitas, como ProUni e Fies. 

Em Cuiabá, estudantes de diferentes origens e classes sociais se esforçam pelo sonho da vaga numa Universidade Pública, que permitirá a eles muito mais do que a obtenção de conhecimento técnico, uma vez que o ensino superior de qualidade também é uma amostra da vida em sociedade e das relações sociais que permeiam nosso cotidiano pessoal, profissional e acadêmico.

Poliana Torres, Samuel Mendes, Bárbara Veroneze e Matheu Garcia possuem em comum não só o fato de frequentar o terceiro ano do ensino médio na Escola Estadual Maria de Arruda Muller, popularmente conhecida como “Liceu Cuiabano”, mas também lutam pelo sonho de fazer parte dos demais estudantes brasileiros que se esforçam para ter acesso ao ensino superior de qualidade – objetivo que parece ainda mais recompensador quando levamos em conta a obtenção de uma vaga por aqueles que estudam numa escola pública. 

“Antes eu queria fazer veterinária, mas aí comecei a trabalhar no cartório e tendo contato com a legislação me apaixonei pela área. Vou fazer o ENEM para entrar na UFMT e cursar direito”, diz Bárbara.

A concorrência para esses jovens estudantes de escola pública promete ser acirrada entre aqueles que almejam uma vaga na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) ou em qualquer outra instituição de ensino superior de qualidade no Brasil.

Arthur Spiezze, Evelize Rodigheri, Ray Damiani e Isabela Carmona também realizarão o teste no próximo final de semana, com o diferencial de que estão se preparando numa escola particular de Cuiabá. Entre eles, observa-se o discurso comum da importância e do apoio da família não só no custeio de uma instituição de ensino privada e na estrutura necessária para viabilizar esse sonho, mas também na compreensão para evitar inclusive a pressão pela aprovação, que pode aumentar ainda mais o stress nesses momentos.

“Meus pais sempre me apoiaram, inclusive não me pressionando para conseguir uma aprovação logo de cara. Tenho só 17 anos e quero fazer medicina para ajudar as pessoas incluindo trabalhos voluntários”, disse Evelize.

Diego Fredericci

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