Política

Assembleia define membros de CPI da Cooamat

A menos de dois meses do fim da atual legislatura, os parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso decidiram os nomes dos deputados José Riva (PSD), Jota Barreto (PR), Emanuel Pinheiro (PR), Alexandre César (PT) e Dilmar Dal Bosco (DEM), como membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat).

Os membros da CPI, criada pela suspeita de fraude e simulação de negócios na cooperativa que tem como sócio o produtor Eraí Maggi (PP) e parentes, além de funcionários do grupo Bom Futuro, foi divulgada na manhã desta quarta-feira (05). A reunião de instalação da comissão deve acontecer ainda nesta semana, de acordo com o autor do pedido de investigação, deputado José Riva. Na ocasião, será escolhido o presidente e relator.  

Sobre a polêmica retirada da assinatura do deputado Ademir Brunetto (PT), para a realização da CPI Riva declarou que o pedido foi feito após o término da sessão plenária.

“O ato de instalação da CPI passa a ter validade na determinação do presidente para a publicação do procedimento de investigação no Diário Oficial, durante a sessão. Temos oito assinaturas, isso é ponto pacífico, não há questionamento nesse sentido”, afirmou o social democrata.

Em relação ao prazo para o término da CPI e entrega do relatório final da investigação, Riva acredita que, se tudo correr dentro da normalidade, o caso será esclarecido ainda nesta legislatura, que termina no fim deste ano.

“Não adianta a gente vender ilusão, se tudo andar conforme pensamos, ainda há tempo. Se esta semana instalarmos a CPI com presidente e relator, e ela começar a funcionar, 40 dias é o suficiente para concluirmos o relatório”, ressaltou Riva.

Além dos membros titulares da CPI, foram definidos os suplentes: Mauro Savi (PR), João Malheiros (PR), Walter Rabelo (PSD), Guilherme Maluf (PSDB) e Teté Bezerra (PMDB).

Investigação

A suspeita é que a cooperativa é usada para operações fraudulentas que chegariam à R$ 500 milhões. De acordo com Riva, as denúncias são graves, e constam mais de 200 procedimentos e infrações na Secretaria de Fazenda (Sefaz). Riva já protocolou a denúncia na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz).

Riva declara que Eraí Maggi usa essa cooperativa para não pagar impostos, porque os impostos para cooperativas são mais baixos do que para empresas comuns.

A Cooamat foi a maior beneficiária das operações de Pepro de milho (espécie de subsídio) do Centro-Oeste em 2013, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no valor de R$ 40,5 milhões. Em segundo lugar, está o ex-prefeito de Primavera do Leste Getúlio Viana, com R$ 22,2 milhões. Eraí Maggi aparece em terceiro lugar, com R$ 18,4 milhões. Somente na sexta colocação aparece outra cooperativa, a Coop Merc Ind Prod Milho, com R$ 14,3 milhões. (com assessoria)

Redação

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