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Oito são presos por comprar carne de índios após saque a caminhão

Oito homens foram detidos nesta segunda-feira (27) por suspeita de receptação de carne furtada de um caminhão baú que tombou na BR-070, próximo a Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, no dia anterior. Conforme a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Civil, que fizeram os flagrantes, a carne bovina havia sido saqueada por indígenas da etnia Xavante. O G1 tentou, mas não conseguiu entrar em contato com a Fundação Nacional do Índio (Funai), em Primavera do Leste.

Além desses dois casos registrados pela PRF, a Polícia Militar daquele município flagrou mais quatro homens em outro veículo, com carga de carne. Ao todo, de acordo com a Polícia Civil, pelo menos 2.400 kg de carne foram recuperadas.

Os homens foram flagrados em situações distintas. Primeiro, os agentes da PRF abordaram uma caminhonete, com dois deles. No veículo, foram encontrados pelo menos 400 kg de carne. Horas depois, um veículo utilitário com outros 400 kg também foi abordado. Os quatro foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Primavera do Leste, junto com outros quatro suspeitos flagrados pela PM transportando em uma pick-up o restante da carne apreendida.O delegado da Polícia Civil, Raphael Diniz, informou ao G1 que, na delegacia, os homens confessaram ter comprado a carne dos indígenas que estavam à margem da rodovia. O acidente, segundo ele, foi registrado em uma curva, nas proximidades da aldeia Sangradouro. "Os índios têm o custume de colocar óleo diesel, troncos de árvores, nessa curva, exatamente para os veículos tombarem, afirmou.

Os índios teriam oferecido a carne aos motoristas que trafegavam pela rodovia. Conforme o delegado, os suspeitos pagaram valores irrisórios pela carne. "Em um dos casos, foi cobrado R$ 100 por 700 kg de carne, praticamente de graça", avaliou Diniz. "Eles confessaram ter comprado a carne dos índios, até porque não tinha como negar. Todos na cidade sabiam que esse caminhão com carne havia tombado", disse.

Um dos suspeitos detidos já tinha várias passagens pela polícia por diversos crimes. Pelo histórico criminal dele, o delegado disse ter arbitrado fiança no valor de R$ 20 mil, enquanto cada um dos outros sete suspeitos teve de pagar cerca de R$ 1 mil. Todos pagaram fiança e foram liberados, segundo Diniz.A carne será doada para três instituições. Parte será entregue para uma igreja evangélica e o restante para um programa da prefeitura que prepara e distribui marmitas.

G1

Redação

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