O comitê de emergência sobre ebola da Organização Mundial da Saúde, a OMS, vai se reunir nesta quarta-feira (22) para revisar o escopo do surto e se medidas adicionais são necessárias, disse a porta-voz agência das Nações Unidas nesta terça-feira (21)."Essa é a terceira vez que esse comitê vai se reunir desde agosto para avaliar a situação. Muito aconteceu, houve casos na Espanha e Estados Unidos, enquanto Senegal e Nigéria foram retirados da lista de países afetados pelo Ebola", disse a porta-voz da OMS, Fadela Chaib, em uma coletiva de imprensa.
Os 20 especialistas independentes, que em 8 de agosto declararam o surto na África Ocidental como uma emergência médica internacional, poderiam recomendar restrições a viagens e ao comércio. O comitê já recomendou o exame dos passageiros que deixam Guiné, Libéria e Serra Leoa.
EUA mudam protocolo
A agência de saúde dos Estados Unidos afirmou nesta segunda-feira (20) que estabeleceu novas diretrizes para profissionais de saúde que cuidam de pacientes infectados com ebola que exigem um melhor treinamento no momento de colocar e tirar a vestimenta de proteção.O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) também informou que nenhuma parte da pele dos agentes que cuidam de uma pessoa infectada pode ser exposta e que os supervisores precisam monitorar os trabalhadores enquanto colocam e retiram as roupas de proteção.
A instituição fez o anúncio depois que uma quebra nos protocolos de segurança, possivelmente durante a remoção de equipamentos de proteção após o tratamento de um paciente com ebola, pode ter causado a contração do vírus mortal por uma enfermeira que cuidava do paciente com ebola Thomas Duncan, que morreu no Texas.
Mais de 4.500 mortes
O número de mortos pela epidemia de ebola chegou a 4.555. No total, foram registrados 9.216 casos da doença em sete países.Os mais mais afetados são Guiné, Libéria e Serra Leoa, na África Ocidental. Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos também tiveram notificações, com 20 casos, incluindo 8 mortes na Nigéria.Entre os mortos, estão 239 profissionais de saúde, informou a OMS. Os números divulgados nesta sexta são referentes a casos contabilizados até a última terça-feira (14).
G1