Foto: Airton Marques
Operários da construção do novo Hospital Universitário Julio Muller voltaram a cruzar os braços, em manifesto a abusos trabalhistas e falta de material para trabalho. Na tarde desta segunda-feira (20), um grupo de trabalhadores, em sua maioria de terceirizados, convocaram a imprensa e o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (SINTRAICCCM), para formalizar denúncias.
Os trabalhadores reclamam de atraso de salários, falta de depósitos do Fundo de Garantia (FGTS) e do INSS. Além do mais, muitos afirmaram que o andamento da obra está estagnado por falta de material.
Grande parte dos operários está com quase dois meses sem pagamento, em outros os trabalhadores receberam seus salários faltando quase 50% do total. Durante os meses, em casos como a do haitiano Rolmes Phelistin, as empresas responsáveis pela construção do hospital já devem mais de R$ 2.000,00.
Esta já não é a primeira vez em que os operários paralisam seus serviços e realizam manifestação, em agosto deste ano os mesmos problemas foram motivos para reivindicação.
“Já é uma reincidência. Em agosto estivemos aqui pelos mesmos motivos. Hoje a obra esta praticamente paralisada e já está vencendo a segunda folha de pagamento sem receberem. Além disso,segundo os trabalhadores, nem os encargos sociais estão sendo depositados”, esclareceu o presidente do SINTRAICCCM, Joaquim Santana.
Conforme Joaquim, reuniões com os responsáveis pela obra na Rodovia Palmiro Paes de Barros, já foram realizadas nas outras paralisações. Mas o Consórcio Normandia/Phoenis/Edeme, não cumpriu totalmente o combinado.
No canteiro de obras, o sindicato em conjunto com os trabalhadores aguardaram a confirmação de uma reunião com os engenheiros da construção, mas ela foi cancelada, por conta de uma exigência do consorcio em negociar apenas com os trabalhadores e o presidente do SINTRAICCCM.
Conforme Joaquim, não faz sentido a equipe profissional do Sintraicccon não poder participar dessa discussão. “Eu não quis participar dessa forma, estava acompanhado da minha a assessoria jurídica e do vice-presidente do sindicato, porém queriam que eu entrasse sozinho. Eu respeito a minha equipe e não aceitei”.
Após o resultado negativo, os profissionais se comprometeram em comparecer a sede do sindicato, na manhã desta terça-feira (21).