Fotos: Camila Ribeiro
Na noite desta sexta-feira (10), durante o jogo entre a Seleção Brasileira Olímpica e a Bolívia, na Arena Pantanal, em Cuiabá, chamou atenção nas arquibancadas do setor Oeste, uma manifestação silenciosa feita por amigos e familiares dos pilotos desaparecidos desde o sequestro do avião King Air, prefixo ATY, em 20 de setembro.
Munidos com faixas, cartazes e camisteas personalizadas, cerca de 70 pessoas, tentavam mais uma vez chamar atenção da imprensa e de autoridades sobre o sequestro do piloto Evandro Rodrigues Abreu e o co-piloto Rodrigo Frais Agnelli, que já dura 20 dias.
“Nós pensamos em vir aqui, porque é o jogo da Bolívia e quem sabe, conseguimos chamar atenção da imprensa de lá, já que a polícia acredita que eles estejam em solo boliviano”, afirmou a esposa de Evandro, Márcia Abreu.
À reportagem do Circuito Mato Grosso, ela alegou que tem amigos naquele país e, segundo eles, não existe noticias na imprensa dando conta do sequestro dos pilotos. “O que a gente fica sabendo é que na imprensa de lá não se fala nada. Saiu uma pequena manchete no jornal, no dia do sequestro, com uma foto da Janete (Riva) e desde então, nenhuma informação mais. Estamos aqui em mais um pedido de socorro, de ajuda”, alegou ela.
Pilotos vivos
Os pilotos foram sequestrados por criminosos, junto com a aeronave de propriedade da família do deputado estadual José Riva (PSD), na pista de pouso do município de Pontes e Lacerda (457 km de Cuiabá). Nesta semana, o deputado participou de um ato realizado por familiares das vítimas no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Na ocasião, Riva disse que existem indícios de que os pilotos sequestrados estão vivos na Bolívia. Ainda segundo ele, trata-se de informações extra-oficiais, já que ele alega possuir três frentes de investigação paralela na Bolívia. O parlamentar afirmou que os trabalhos são conduzidos por pessoas de sua confiança, mas preferiu não dar mais detalhes para não prejudicar as investigações.
Na próxima semana, ele, acompanhado de outros parlamentares, deverá ir até a Bolívia, na tentativa de tentar uma conversa com as autoridades locais, solicitando maior auxílio nas investigações.
Os familiares das vítimas cobram ainda, interferência diplomática do Itamaraty, numa tentativa de solucionar o caso.