Nacional

Cidades de fronteira do Paraná estão entre as cinco mais violenta

Duas cidades-gêmeas de fronteira do Paraná estão entre as cinco mais violentas do país, aponta o estudo da Empresa Gaúcha de Opinião Pública e Estatística (Egope), que será apresentado na sexta-feira (10), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. De acordo com a pesquisa que leva em conta dados de 2012, o índice nestas regiões alcançou a média de 64,75 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, quase o dobro da média de todo o estado (32,66) e bem acima da média do país (29,05).

No ranking nacional – cuja média é de 36,93 -, Coronel Sapucaia (MS) aparece em primeiro lugar com 112,25 homicídios para cada 100 mil habitantes, seguido de Paranhos (MS), com 94,69, Guaíra (PR), com 87,06, Mundo Novo (MS), com 69,56, e Foz do Iguaçu (PR), com a marca de 63,74 assassinatos para o mesmo grupo de habitantes. Na mesma lista, Barracão, no sudoeste do estado, na fronteira com a Argentina, aparece com o índice de 20,42 mortos em 100 mil habitantes.

Os maiores índices de homicídios estão estritamente atrelados ao tráfico de drogas e ao contrabando, em especial o contrabando de cigarros. As cidades que estão no topo da lista são conhecidas portas de entrada de drogas e de produtos contrabandeados, situação inversamente proporcional às que estão no fim da tabela, onde este problema quase não existe, observa o presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), Luciano Stremel Barros, ao chamar a atenção para o perfil dos países vizinhos a estes pontos de fronteira, como o Paraguai, Bolívia e Colômbia, principais ‘exportadores’ de drogas e de mercadorias contrabandeadas para o Brasil.

Cidades-gêmeas como Santa Rosa do Purus (AC), Bonfim (RR), Aceguá (RS), Barra do Quaraí (RS) e Chuí (RS) aparecem com a média zerada.Na medida em que se vai avançando no ranking e sai deste eixo do contrabando e do tráfico de drogas, vê-se que os números vão reduzindo drasticamente, ficando próximos da média nacional e até mesmo abaixo deste índice, reforça.Além dos reflexos nos índices de violência, existem ainda os reflexos econômicos, afirma.Se analisarmos dados mais recentes, vamos ver que a situação em algumas cidades teve melhoras. É preciso tirar a população economicamente ativa da informalidade e trazê-la para a formalidade. O trabalho efetivo de segurança precisa ser feito em conjunto com iniciativas que melhorem o perfil socioeconômico destas cidades. A fórmula está no desenvolvimento, sugere o presidente do Idesf.

O assunto será debatido entre esta quinta (9) e sexta-feira durante o Seminário Fronteiras do Brasil promovido pelo Idesf. Entre os palestrantes estão representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, do Ministério Público Federal e de entidades da sociedade civil que atuam no estudo e no combate da criminalidade. As propostas levantadas durante o encontro deverão ser entregues aos candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

G1

Redação

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