Da Redação
Em depoimento dado aos promotores de Justiça Roberto Turin e Ana Cristina Bardusco, ex-homem forte dos governos de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), Éder Moraes, entregou suposto esquema de lavagem de dinheiro, usado pelo atual gestor do estado, para pagar propina e dívidas de campanha por meio de construtoras, bancos e agiotas.
Conforme trechos do depoimento, em que o Blog do Antero teve acesso, Éder revela que fazia o papel de articulador do esquema, dando “a carenagem legal para fazer o desembolso, o requinte legal para isso”.
“Então eu era sempre procurado pelo grupo, pelo grupo que eu digo era João Virgílio, governador Silval Barbosa, Vilceu Marchetti, Geraldo De Vitto, secretário de Planejamento”, diz Éder em depoimento.
Com conhecimento do esquema, o ex-secretário contou que, de todo o dinheiro que era repassado para as construtoras, 50% deveria retornar para o grupo político de Silval. Porcentagem que era questionada pelas construtoras.
“Esse número que chegaram era muito puxado porque a procuradoria também queria um pedaço, em torno de 10% e tudo aquilo pra poder aprovar parecer. Foi o que eu ouvi do Rodolfo (Construtora Encomind)”, disse Eder no depoimento.
Conforme trecho do depoimento, apenas para a construtora Encomind foi pagos R$ 22 milhões utilizando esquemas de factoring e bancos.
Agora, Éder Moraes entrou com o pedido de anulação do depoimento, de 38 paginas, dado aos promotores de justiça do MPE.
Confira trecho do depoimento de Éder ao MPE:
