O Reino Unido fez um apelo por ajuda internacional para que os países afetados enfrentem o pior surto de ebola registrado até hoje, no início de uma conferência em Londres, nesta quinta-feira (2), enquanto uma entidade beneficente alertava que cinco pessoas são infectadas pelo vírus a cada hora em Serra Leoa.
O ebola já matou pelo menos 3.338 pessoas na África Ocidental – principalmente em Serra Leoa, Guiné e Libéria -, de um total de 7.178 casos, segundo um balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 28 de setembro. Casos foram registrados em outros lugares, inclusive no Estados Unidos.O presidente da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, cancelou sua participação na conferência poucas horas antes do início. O avião que o levaria teve problemas técnicos, disse Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha.
Falando nesta quinta antes do início da conferência denominada "Derrotar o Ebola", o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Philip Hammond, pediu aos países que elevem sua contribuição financeira, bem como outro tipo de ajuda vital, incluindo assistência médica, transporte e suprimentos."Precisamos da ajuda da comunidade internacional para o envio de médicos e enfermeiros, por isso estamos pedindo que outros países contribuam com a estrutura que estamos montando na região", disse ele.
Embora a OMS tenha dito que o número total de novos casos caiu pela segunda semana, a entidade alertou para os casos não registrados e disse haver poucos sinais de que a epidemia esteja sendo controlada."A transmissão continua persistente e generalizada na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com forte evidência de aumentar a incidência de casos em vários distritos", disse a OMS.
A entidade beneficente Save the Children alertou que as autoridades enfrentam a perspectiva de a epidemia "se espalhar como fogo" em toda a Serra Leoa, dizendo que houve 765 novos casos notificados no país na semana passada, mas havia apenas 327 leitos disponíveis."A escala da epidemia de bola é devastadora e crescendo a cada dia, com cinco pessoas infectadas a cada hora em Serra Leoa, na semana passada," disse o principal executivo da entidade, Justin Forsyth, disse.
G1