Um homem de 32 anos, acusado de tentar matar a tiros dois investigadores da Polícia Civil e um policial militar, deve ir a júri popular no dia 7 de novembro, às 13h30 no Fórum de Cuiabá. O réu, que atualmente cumpre regime domiciliar, é acusado de atirar contra os policiais no ano de 2012 durante uma fuga. Ele também teria participação em pelo menos quatro assaltos a agências bancárias e caixas eletrônicos em Mato Grosso e em Brasília.
Consta na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) que no dia 20 de julho de 2012, no Bairro 1º de Março, na capital, o acusado e um comparsa atiraram contra os três policiais ao serem abordados, justamente após cometerem um assalto em um estabelecimento na cidade. O réu dirigia um carro importado, estimado em R$ 125 mil, supostamente comprado à vista com o dinheiro roubado das agências.
Em alta velocidade, os assaltantes não obedeceram à ordem de parada imposta pelos policiais e acabaram atingindo o carro em um muro de uma residência. Após sofrer o acidente os ocupantes do veículo passaram a atirar contra os policiais. No entanto, não conseguiram atingir os investigadores e o PM, que também revidaram os disparos contra os assaltantes.
O comparsa do réu conseguiu fugir durante a confusão no tiroteio. Em depoimento à Justiça, o acusado confessou a participação do crime, porém, negou ter atirado contra os policiais. Ainda em depoimento, o réu afirmou que foi coagido a participar da fuga e obrigado a participar dos assaltos a banco aos quais ele é acusado.
Assaltos
Segundo o processo da Primeira Vara Criminal de Cuiabá, o réu confessou à Justiça ter participação em um roubo a banco no ano de 2011, na cidade de Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá. A quadrilha estava armada com fuzis e submetralhadores e atirou contra os vidros da agência, de onde foram levados quase R$ 300 mil.
O assaltante detalhou que após o crime os integrantes se esconderam na mata, onde ficaram oito dias se alimentando com comidas enlatadas. Já em 2012 a quadrilha explodiu caixas eletrônicos de uma agência no Centro de Brasília, no Distrito Federal. Em 2011 ele também afirma ter participação na explosão de caixas eletrônicos na cidade de Peixoto de Azevedo, a 692 km da capital. Desse crime a quadrilha teria conseguido levar cerca de R$ 385 mil.
