O corpo de Jandira Magdalena dos Santos Cruz, de 27 anos que desapareceu no dia 26 de agosto depois de sair de casa para fazer um aborto continuava no Instituto Médico-Legal (IML) do Rio na manhã desta quarta-feira (24). Parentes da jovem estiveram no local na noite de terça-feira (23), com documentos para tentar agilizar a liberação do corpo. O enterro de Jandira ainda não foi marcado.A Polícia Civil confirmou na terça-feira que o corpo encontrado carbonizado dentro de um carro, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, é de Jandira. A identificação só foi possível graças ao o exame de DNA já que o corpo encontrado no dia 27 de agosto dentro do porta-malas de um carro estava sem digitais e sem a arcada dentária.
É uma mistura de alívio com desespero. É difícil de a ficha cair, de entender tudo o que aconteceu, disse a irmã de Jandira.Cinco pessoas já foram indiciadas pelo crime, como informou o delegado Hilton Alonso, da 35ª DP (Campo Grande). A polícia ainda procura outros suspeitos, como o falso médico Carlos Augusto da Graça de Oliveira, que teria feito o aborto em Jandira.
Continuamos com as investigações. Já temos outros elementos que participavam também dessa quadrilha, principalmente, dos momentos finais do caso, da ocultação, do desfecho com o corpo de Jandira. A investigação está bem encaminhada e a bem avançada. Agora só resta fechar esse quebra-cabeça com a conduta de alguns integrantes para poder encaminhar os autos para a Justiça, disse o delegado.
Até esta quarta-feira (24), estavam presos Vanuza Vais Baldacine, que segundo os investigadores era a motorista da quadrilha; Rosemere Aparecida Ferreira, apontada como a chefe da quadrilha, já que era ela quem recebia o dinheiro e marcava as consultas e pagava o restante da equipe; o ex-marido de Rosemere, o policial civil Edilson dos Santos, segurança do grupo; além de Marcelo Eduardo Medeiros, que aluga o imóvel para clínica clandestina; e Mônica Gomes Teixeira, que recepcionava as clientes.
G1