Política

Salles diz que quebra de sigilo de Wellington Fagundes é demagogia

No último dia 11, o candidato ao Senado Wellington Fagundes (PR), protocolou um documento autorizando a quebra de seus sigilos fiscal e bancários, bem como o de sua esposa e de seus dois filhos. O assunto é inclusive amplamente divulgado pelo republicano em seus propagandas eleitorais e nos debates que ele tem participado. 

O principal adversário de Wellington na disputa ao Senado, o candidato Rogério Salles (PSDB), admitiu que a quebra do sigilo é válida, mas, segundo ele, não da forma realizada pelo candidato republicano. 

“A população deveria ter maiores oportunidades par conhecer a vida de todos os candidatos. Aliás, eu defendo a quebra dos sigilos bancários, fiscal e patrimonial de todos os agentes públicos, como eu já fiz em 2006. Agora não adianta fazer isso às vésperas da eleição”, argumentou ele. 

O tucano ainda disse que, esta ação, na prática, tem pouca serventia. Ele inclusive classifica a atitude como ‘demagogia’. “Considero pura demagogia registrar essa questão às vésperas da eleição, criar um factoide que na prática não vai resultar em nada”, disse Salles. 

Ele ainda emendou dizendo que “é só ir lá, qualquer um de vocês. Alguém já tentou verificar o que aconteceu na movimentação as contas. O Gilberto (Lopes Filho) inclusive falou bem, será que todos os bens estão declarados?”, insinuou Salles. 

Evolução Patrimonial 

Durante debate realizado na manhã desta segunda-feira (22), na TV Record e, também nos bastidores, Salles comentou sobre a evolução patrimonial de Wellington Fagundes nos últimos quatro anos e citou o livro ‘Os ben$ que os políticos fazem’, do jornalista Chico Gois. A publicação coloca Fagundes em uma lista de dez homens públicos que mais aumentaram seu patrimônio pessoal nos últimos anos e cita ainda, denúncias de ocultação de patrimônio. 

“O senhor mereceu um capítulo inteiro neste livro, acusado inclusive de peculato”, disse Salles. 

Wellington Fagundes disse que tem conhecimento do livro, mas negou que esteja respondendo a qualquer processo. “Li o livro e ele mesmo diz, aquilo ali foi fruto de um dossiê, da campanha de prefeito. Como eles sabiam que eu era deputado federal, qualquer denúncia que você fizer neste momento, ela tem que ir para o Supremo Tribunal Federal. O livro se baseia no dossiê e lá está dizendo que houve uma decisão do STF, mandando arquivar”, defendeu o republicano. 

Redação

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