Dois veículos foram queimados na garagem de uma concessionária de veículos usados, na Avenida dos Africanos, em São Luís. O ataque aconteceu na madrugada desta segunda-feira (22). De acordo com o proprietário da loja, que não quis se identificar, o prejuízo pode chegar a R$ 150 mil reais. A imagem foi enviada ao G1 pela polícia.
Durante a madrugada dessa segunda, criminosos incendiaram, também, automóveis em uma garagem de propriedade da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), próximo ao 3º Distrito Policial (DP) do bairro do Radional. A informação foi confirmada pela polícia, mas o número de veículos incendiados ainda não foi divulgado.
Pelo menos oito veículos foram queimados em ações criminosas na capital maranhense desde sábado (21). As ações aconteceram em São Luís e em São José de Ribamar, município da Região Metropolitana da capital. Não houve feridos. Na noite desse domingo (21), um ônibus que transportava brincantes de bumba meu boi também foi incendiado no bairro da Alemanha.
Ainda no sábado, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Maranhão (Stremma) determinou a retirada de toda a frota de ônibus das ruas. Os coletivos só voltaram a circular na manhã de domingo. Para esta segunda-feira (22), o sindicato ainda não informou se vai retirar os coletivos de circulação novamente.
Presos
Quinze pessoas já foram presas e seis adolescentes foram detidos suspeitos de fazerem parte de facções criminosas que coordenam os ataques a ônibus. Na noite desse domingo, dois homens foram presos e um adolescente foi apreendido suspeitos de participar do ataque a ônibus no bairro da Alemanha. Durante a tarde de ontem, dois homens foram presos no bairro da Areinha.As outras prisões foram feitas na noite de sábado. As prisões são resultado da operação deflagrada pelo Comando de Policiamento Metropolitano (COM), sob o comando do Coronel Marco Antônio Alves.
Ataques em janeiro
No mês de janeiro, uma criança de seis anos morreu após um ônibus ser atacado no bairro da Vila Sarney, em São Luís. Ana Clara Santos Sousa teve 95% do corpo queimado. Ela estava com a mãe e a irmã quando o veículo foi invadido e incendiado por homens armados. Onda de ataques que vitimou Ana Clara Santos Sousa começou depois de uma operação realizada pela Tropa de Choque da Polícia Militar no Complexo de Pedrinhas, com o objetivo de diminuir as mortes nas unidades prisionais do Estado.
G1
