Fotos: Assessoria
A coligação ‘Amor a Nossa Gente’, encabeçada pelo candidato ao Governo do Estado, Lúdio Cabral (PT), irá protocolar junto à Justiça Eleitoral um pedido de cassação dos também candidatos Pedro Taques (PDT) e Adriana Vandoni (PDT), que concorrem, respectivamente ao Governo e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
A alegação é de que os pedetistas estariam realizando a compra de votos, mediante distribuição de comida, bebida e combustível para eleitores. O suposto flagrante foi feito por assessores jurídicos da coligação ‘Amor a Nossa Gente’, em um dos postos de combustível do empresário Aldo Locatelli, localizado no Distrito Industrial, em Cuiabá, na noite da última quarta-feira (17).
Segundo a coligação, o flagrante foi acompanhado por um oficial de justiça, que inclusive, cumpriu mandado de busca e apreensão pra retirar propaganda irregular no local.
Os adesivos dos candidatos Pedro Taques e Adriana Vandoni estavam em caminhões e na estrutura do posto Aldo Locatteli. A coligação alega ainda, que o local funciona como ‘comitê clandestino’ da campanha de Taques.
“Em mais de 20 anos que atuo no Direito Eleitoral, me surpreendi com a dimensão e a diversidade do elevado grau de abusividade, ferindo de morte a legislação, pois tudo isso envolve compra de votos e abuso econômico”, afirmou o coordenador jurídico da coligação Amor a Nossa Gente, José Patrocínio.
Ainda segundo ele, mais de 200 pessoas estavam presentes no local e relataram que o ‘evento’ acontece todas as quartas-feiras à noite. “A própria exploração da marca comercial dos postos de combustível, utilizando uma frota de mais de 3 mil caminhões que transportam combustível propagando a candidatura do senador Pedro Taques, representa uma verdadeira afronta aos princípios da moralidade e igualdade, desequilibrando o pleito eleitoral”, completou Patrocínio.
A coligação alega que o pedido de cassação de registro será feito nos próximos dias.
Outro Lado
Ao ser procurada pela reportagem, a assessoria jurídica do candidato Pedro Taques alegou que, “da forma com que as fotos foram mostradas a situação mais parece uma armação”. A assessoria disse ainda, que somente irá se manifestar sobre os fatos quando de fato houver alguma ação proposta oficialmente pela coligação do candidato petista. “Não vamos responder a boatos”, disse a assessoria.
Já a assessoria de imprensa da candidata Adriana Vandoni disse também sido notificada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), mas adiantou que a candidata nunca realizou qualquer reunião em posto de combustível, tampouco recebe apoio de algum posto. Uma nota oficial da assessoria será emitida ainda hoje.
A assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) também se manifestou dizendo que, de fato, um oficial de Justiça foi até o local para realizara a apreensão de materiais, pelos seguintes motivos: "primeiro porque os adesivos estavam afixados em caminhões que, embora sejam de uma empresa privada, prestam serviços públicos; segundo, pois os adesivos não apresentavam o CNPJ da Coligação, bem como dos partidos que a compõem". O TRE ainda negou qualquer situação envolvendo compra de votos.