O governador Silval Barbosa (PMDB) decidiu sair do ‘enclausuramento’ e rebater as críticas do grupo de oposição, que disputa o comando da próxima gestão e que é liderado pelo senador Pedro Taques (PDT). Na tarde desta quarta-feira (17), ao receber o prefeito Mauro Mendes (PSB) – que buscava o apoio do Estado para angariar recursos para o novo Pronto Socorro da Capital -, Silval reinterou a decisão de se manter distante do processo eleitoral deste ano.
Não é de hoje que o grupo político do candidato ao governo Pedro Taques aponta a ausência do governador Silval Barbosa (PMDB) no palanque do candidato situacionista Lúdio Cabral (PT). Além do próprio Taques, outros líderes da coligação 'Coragem e Atitude para Mudar' afirmam que o ‘sumiço’ de Silval se deve ao fato da pouca popularidade do gestor junto aos mato-grossenses.
“Quero que eles apresentem propostas, nas suas individualidades. Tenho dito que não vou usar a máquina (pública) e não vou deixar a utilizarem”, declarou Barbosa.
O governador, que vive os seus últimos meses na cadeira de comando no Palácio Paiaguas, afirmou que uma eventual participação sua na campanha, tornaria mais difícil o quadro de crescimento de Taques nas pesquisas. “Quando entro em uma campanha, é de corpo inteiro. O Lúdio é o meu candidato, e voto nele”, ressaltou.
Silval justifica que o empenho dado ao fim de seu mandato é a uma escolha pessoal. “Foi uma opção minha, falei que não iria participar. Vou ajudar com os meios que posso de uma forma ou de outra”, declarou.
Autoavaliação positiva
O governador não acredita no desgaste de sua imagem, conforme é pregado pelos adversários, especialmente diante dos problemas com as obras de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande. Segundo ele, o que existe é fruto do fato de grandes obras que estão sendo feitas, mas atrasadas na data de entrega. “A história vai dizer, nunca um governo fez tanto por Cuiabá e a região metropolitana”, externou o peemedebista.