A polícia do Rio faz, desde a madrugada desta quinta-feira (18), uma operação no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte. Agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e de outras delegacias, além de policiais militares participam da ação, como mostrou o Bom Dia Rio.
Ate as 9h30, 26 pessoas 22 adultos e quatro menores haviam sido detidas, entre elas Edson Silva de Souza, o "Orelha", que é apontado pela polícia como chefe do tráfico no conjunto de favelas. De acordo com a Secretaria de Segurança (Seseg), 24 foram detidos em cumprimento a mandados de prisão e outros dois, em flagrante por porte de drogas. Ao todo foram expedidos pela Justiça, 41 mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão para menores.
A ação é resultado de uma força-tarefa de investigação da 45ª DP (Complexo do Alemão) e da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Estado de Segurança, com apoio do Grupo de Apoio Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual. A investigação, segundo nota da Polícia Civil, começou há oito meses, com o objetivo identificar os responsáveis por tentar desestabilizar o processo de pacificação nas comunidades da região.
O trabalho, de acordo com a corporação, comprovou que, após a prisão de traficantes (em virtude de outras operações realizadas pela 45ª DP), a facção criminosa que atua no conjunto de favelas determinou reações violentas em retaliação às ações da polícia. Uma delas ocorreu em 28 de abril, quando ônibus e carros estacionados próximo ao Comando de Polícia Pacificadora (CPP), na Estrada do Itararé, foram incendiados.
'Estratégia de sobrevivência'
Segundo as investigações, os traficantes resistentes à pacificação adotaram nova estratégia de sobrevivência como, por exemplo, a cooptação de menores de idade e pessoas sem anotações criminais para atuar na linha de frente, seja vendendo drogas ou como "braço armado".Também foi possível constatar que os criminosos acompanhavam o deslocamento dos policiais pela comunidade a partir da troca de mensagens via celular. Muitas vezes, eles ficavam em frente à sede da UPP monitorando os passos dos policiais militares, dificultando a prisão em flagrante de criminosos.
G1