Investigações da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, da Polícia Judiciária Civil, já identificaram o desvio de mais de 1,5 milhão em projetos culturais da Secretaria de Estado e Cultura (SEC-MT).
As fraudes aconteceram em projetos referentes aos anos de 2012, 2013 e 2014 e, segundo a polícia, entre os envolvidos está um conselheiro da Secretaria de Cultura e sua esposa.
As investigações apontam que a quadrilha se utilizava de ‘laranjas’ para montra projetos culturais ‘frios’. Estas pessoas cooptadas recebiam os respectivos pagamentos pelos cofres públicos e repassam quase a totalidade dos valores aos líderes do bando, os quais contam ainda com o apoio de familiares para lavar o dinheiro.
Policiais da Defaz cumprem desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (15), 34 mandados judiciais, sendo 25 de prisões temporária, 7 de buscas e apreensão e 2 de condução coercitiva.
Os envolvidos responderão pelos crimes de bando ou quadrilha, peculato desvio, ameaça, crimes contra a fé pública e lavagem de dinheiro.
Inquérito
O inquérito policial foi instaurado em abril deste ano, com denúncia encaminhada pela então secretária de Cultura do Estado, Janete Riva, e apura fraudes e desvios de recursos públicos obtidos por meio do Programa de Apoio à Cultura (Proac).
Segundo delegado que preside as investigações, Gianmarco Paccola Capoani, foram analisados 541 projetos culturais, sendo 337 da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso, com movimentação total de R$ 15 milhões de recursos do Proac, dos quais a Polícia Civil identificou irregularidades em 49 projetos.
Na Secretaria de Cultura do município foram analisados 204 projetos com aproximadamente R$ 3,5 milhões em recursos públicos envolvidos. Destes 204, 08 apresentaram irregularidades. "O valor aproximado de desvio de recursos públicos nas duas pastas ainda está sendo apurado, mas já se aproxima de um milhão de reais", adiantou o delegado. (com assessoria)
DA REDAÇÃO