A defesa do casal acredita que o caso se tratou de um acidente.
De acordo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o crime ocorreu no dia 6 de janeiro após uma briga entre André e a mãe do bebê. Tainara teria questionado o marido sobre algumas marcas de mordida que encontrou na criança, além de perguntar o motivo dele ter saído do emprego.
Nessa discussão André tomou a criança de Tainara e a arremessou em um colchão que estava no chão. Para o magistrado, não existem dúvidas de que o casal tenha agredido o filho e omitido socorro ao bebê.
“Conforme exame de necropsia, a morte da vítima foi provocada por traumatismo crânio encefálico produzido por instrumento contundente e segundo declararam os acusados, dois dias antes do óbito, a vítima sofreu uma queda durante uma discussão entre eles. Segundo a ré, tal queda teria ocorrido porque o ofendido foi arremessado pelo acusado, caindo sobre um colchão que se encontrava no solo da residência do casal. O réu, por sua vez, alega que a criança teria caído dos braços da ré sobre o referido colchão e com isso sofrido a lesão”, disse o juiz.
Depois dessa agressão o bebê passou a ter febre, falta de apetite e convulsões, além de ter agonizado. Somente dois dias depois de apresentar esses sintomas os pais decidiram procurar ajuda de um pastor evangélico, conhecido por eles. O religioso levou a criança para um hospital, no entanto, o bebê já estava morto.
A criança tinha diversas mordidas profundas pelo corpo, principalmente na barriga, no rosto e na bochecha. Os funcionários da unidade de saúde desconfiaram da situação e chamaram a polícia. Em depoimento à Polícia Civil, o casal alegou que as mordidas eram de 'brincadeira'.
Os acusados relataram que ficaram com receio de sofrerem represálias em razão da criança apresentar marcas de mordidas no corpo.
"Após as lesões provocadas na vítima, há indícios de que os réus, no mínimo, agiram com dolo eventual já que assumiram o risco de causar a morte ao não levá-lo imediatamente ao atendimento médico como necessitava e como era dever dos pais", pontuou Mesquita.
A defesa de Tainara pediu para que fosse feito um exame psicológico na acusado, porém, o pedido foi negado. Na mesma decisão o magistrado manteve a prisão dos acusados e negou que eles possam recorrer em liberdade. A data do júri popular ainda não estipulada pela Justiça.
Atualmente o pai da criança aguarda por julgamento na Penitenciária Central do Estado (PCE). Já a jovem está detida na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.
G1