A juíza da 14ª Vara Criminal da capital, Nilza Maria Pôssas de Carvalho, agendou nova audiência sobre o caso, já que muitas testemunhas não compareceram na oitiva realizada em janeiro deste ano.
O crime ocorreu há três anos e o acusado de ter efetuado os disparos, o ex-segurança Alexsandro Abílio de Farias, 30 anos, poderá comparecer à oitiva, segundo a defesa. Ele é réu confesso e considerado foragido da Justiça, pois, teve a prisão preventiva decretada à época do fato e desde então não foi localizado pela polícia.
Na última audiência realizada pela Justiça, testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE) confirmaram que o empresário e o vigilante haviam se desentendido diversas vezes antes do dia em que Adriano foi assassinado. O empresário foi morto com três tiros quando passava pela porta giratória de uma agência bancária na capital, em junho de 2011. No momento, quatro testemunhas foram ouvidas pela magistrada, sendo uma delas a gerente do banco. Ela relatou que viu Alexsandro disparando contra a vítima e também que o vigia já havia reclamado da forma como Adriano o tratava.
Outra testemunha que confirmou que Alexsandro atirou na vítima e que a vítima e o réu tinham desavenças foi uma funcionária que trabalhava como vigilante na mesma empresa que o réu. Na audiência também foram ouvidos dois inspetores de segurança da empresa onde Alexsandro trabalhava. Em novembro, devem ser ouvidas três testemunhas arroladas pela defesa e outras quatro pela acusação.
Entenda o caso
Após o crime, o então vigilante, que era contratado por uma empresa de segurança, roubou uma moto de outro cliente que estava estacionado na frente do banco e fugiu. Dias depois, Alexsandro se entregou à polícia, prestou depoimento, mas não ficou preso por não ter antecedentes criminais. Ele estava a cinco meses prestando serviço no banco quando ocorreu o fato.
Durante depoimento na delegacia, Alexsandro justificou o crime dizendo que era constantemente humilhado pelo empresário dentro da agência bancária. Contudo, a família da vítima não aceitou a versão. Imagens do circuito interno de segurança revelaram o momento em que o cliente era assassinado na porta giratória.
G1