Substituindo o lugar de seu marido, deputado José Riva (PSD), que não conseguiu registrar sua candidatura por, no entendimento do TRE-MT e TSE, se enquadrar na lei da Ficha Limpa, a ex-secretária de Cultura do Estado, adotou rápido o discurso de candidata, disparando críticas diretas ao principal adversário na disputa, o senador Pedro Taques (PDT).
Janete, que vinha realizando um trabalho de apoio a candidatura do marido em todo o Estado, se diz pronta para encabeçar o grupo na disputa eleitoral. “Me perguntaram se eu estava pronta. Eu já nasci pronta. De nada adianta sermos campeões em produção agrícola se não cuidarmos do nosso povo”, afirmou ela.
Levantando a bandeira de ser a única mulher no pleito ao Palácio Paiaguas, a candidata promete dar continuidade nas propostas de governo do seu (agora) principal apoiador, José Riva. Sobre o tom da campanha, Janete disse que adotará a postura de apenas rebater acusações.
“Não terei um discurso combativo, será uma tônica de ‘se bateu levou’. Não vamos aceitar essa peste que nos colocam, nós vamos mostrar, de fato, quem está do lado de lá e porque o que esta do lado de lá” declara a candidata.
20 dias de campanha
De possível primeira-dama do estado, à peça principal do jogo político. Janete Riva terá pouco tempo para afirmar o seu nome em meio aos mato-grossenses como candidata.
A campanha “franciscana”, pregada pela candidata, terá como coordenador principal o deputado Riva, que até antes da decisão do TSE, ainda patinava nas pesquisas de intenção de voto, figurando em terceiro lugar.
“Vou tentar fazer pela Janete o que ela sempre fez para mim. Ela sempre coordenou as minhas campanhas, estando à frente com minha família”, afirmou Riva.
Com dificuldades nas arrecadações de doações, Riva pretende agora aumentar os recursos financeiros, para viabilizar o sonhado e idealizado 2º turno. “Vou tentar ser útil, buscando apoio com o empresariado, com os trabalhadores, buscando os votos necessários. Temos que pensar rápido em uma estratégia”, declarou.
Janete afirma que será um trabalho dobrado, mas que nos 20 dias que lhe restam de campanha conseguira ir ao 2º turno. “Nós vamos pra rua, as pesquisas divulgadas não refletem a realidade. Os trabalhos comprovados que temos nos munícipios nos capacitam a pedir o apoio do eleitor. A palavra empenhada é a palavra cumprida”, finalizou.