Para tentar entender melhor esse problema, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) lançou uma enquete em seu site com a pergunta: “Você já teve sua propriedade assaltada?”. Na terça (9), 52% dos que participaram responderam afirmativamente e, destes, 22,9% informaram que os bandidos levaram defensivos agrícolas.
O efetivo policial é insuficiente nos municípios do interior de Mato Grosso. Por isso, os bandidos se sentem à vontade para praticar os crimes. Em julho deste ano houve uma espécie de “arrastão” na zona rural da região Leste do estado, quando os bandidos furtaram três fazendas em sequência. “Estamos preocupados porque a polícia não consegue atender o interior de forma eficiente, falta preparo e infraestrutura para elucidar este tipo de crime”, disse, à época, o vice-presidente da Aprosoja-MT na região Leste, Endrigo Dalcin.
No início de setembro, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em parceria com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e demais entidades do setor, entregou aos candidatos ao governo do Estado de Mato Grosso e aos candidatos ao Senado a Agenda Positiva do Setor Agropecuário Pensar MT. O documento é um levantamento das demandas do setor compilado pela Fundação Dom Cabral depois de pesquisas e reuniões com produtores rurais de todo o estado.
Entre tantos problemas, está a segurança. Os pesquisadores relatam que encontraram diversos depoimentos de problemas relacionados à segurança patrimonial, segurança pessoal e ao transporte de carga. Os produtores rurais contam que eventos como emboscadas, assaltos armados, raptos, tráfico de drogas, homicídios e invasões se mostram cada vez mais frequentes em Mato Grosso.
No documento do Pensar MT, cita-se a necessidade de o governo aumentar os investimentos em efetivo, em postos policiais e em estratégias específicas que tratam da segurança no campo.