Na tarde desta quarta, a CPI mista se reunirá para sessão no Senado e poderá votar requerimentos apresentados pelos parlamentares. Originalmente, a reunião foi marcada para ouvir o depoimento de Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras. Ele será ouvido novamente sobre a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) pela Petrobras, negócio considerado pela oposição prejudicial à empresa.
Conforme a revista "Veja", Paulo Roberto Costa denunciou políticos da base aliada que teriam sido beneficiados com pagamentos de propinas oriundas de contratos com fornecedores da Petrobras. Ao todo, foram citados, segundo a Veja, três governadores, seis senadores, um ministro e, pelo menos, 25 deputados federais. Todos os políticos mencionados negam.
Além da reunião do senador Vital do Rêgo com líderes partidários, a oposição promete apresentar requerimentos à CPI mista na sessão desta quarta.O coordenador jurídico da coligação Muda Brasil, do candidato do PSDB à Presidência da República Aécio Neves, Carlos Sampaio, informou que apresentará à CPI dois pedidos, um para que as provas obtidas pela Polícia Federal sejam compartilhadas com os parlamentares e, o outro, para que a comissão ouça Paulo Roberto da Costa novamente ele já prestou depoimento.
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), protocolou na última segunda (8), por meio de assessores, pedido para que o colegiado solicite à Justiça acesso "imediato" ao conteúdo dos depoimentos de delação premiada de Paulo Roberto Costa. O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), segundo a assessoria, não apresentará requerimento nesta quarta por ter levado pedido para que a Justiça compartilhe com a CPI mista todas as informações referentes ao processo.
Já os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) pretendem se reunir com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para pedir que ele informe sobre se além dos parlamentares citados pela VEJA há outros deputados e senadores mencionados por Paulo Roberto Costa durante a delação ao Ministério Público Federal.Nesta terça, a CPI mista informou ter recebido de uma empresa de telefonia móvel os sigilos telefônicos de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Yousseff, também preso pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investigou suposto de esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.
G1