Isso é muito comum porque a internet não tem filtro e nem sempre quem escreve é um especialista, completa Maluf.O contato com informações erradas pode trazer angústia, depressão e abandono do tratamento com prejuízo do prognóstico.Drauzio Varella acrescenta que o excesso de informações sobre câncer disponíveis na rede deixa os pacientes confusos e inseguros. O que acontece com as pessoas que têm câncer é que elas recebem uma quantidade absurda de informações. Os doentes ficam completamente perdidos. O risco é exatamente esse: a informação que não passa por nenhum crivo e que cai na rede se espalha feito um vírus.
No site "Vencer o câncer", o internauta pode acessar informações sobre mais de 20 tipos de câncer. Para cada um, constam as informações sobre quais são os fatores de risco, as formas de prevenção, como se manifestam os sintomas, como é feito o diagnóstico, se há risco de recaída e no que consiste o tratamento.
A ideia, segundo Maluf, é que não só o paciente com câncer e seus familiares tenham uma fonte confiável para se informar, mas também a população saudável possa se orientar sobre as formas de se prevenir.O site foi desenhado para ser uma fonte de informação para pessoas saudáveis diminuírem o risco de câncer. A ideia é democratizar informação de alta qualidade de especialistas na área, observa o oncologista.
Desde 2010
Buzaid conta que o projeto começou a ser desenvolvido em 2010. Os textos foram escritos por ele e por Maluf.Drauzio, que é mestre das palavras, fez a grande obra de transpor o texto para um linguajar bem mais acessível.O próximos passo do projeto, segundo Maluf, é passar a contar com profissionais da saúde voluntários e até advogados para esclarecer dúvidas dos internautas relacionadas a câncer.
Para Drauzio, o projeto reflete uma mudança no perfil do paciente com câncer. Se no passado os pacientes não queriam conhecer a verdade sobre o câncer e encaravam a doença quase como uma sentença de morte, hoje, com o aumento das opções de tratamento, as pessoas querem saber tudo sobre o tema.Com o acesso à informação, todos querem ter certeza de que estão fazendo o melhor tratamento, diz.
G1/BEM ESTAR