As garotas compartilham o fígado, o diafragma, o revestimento do coração e o intestino. Quando nasceram, cada uma pesava cerca de 1,5 kg.
Os pais das gêmeas, Elysse e John Mata, que já tinham um filho de 5 anos, ficaram surpresos ao descobrirem, em janeiro, que os bebês eram siameses. "Fiquei sem palavras, foi tão inesperado", disse Elysse à "ABC News".
Os médicos estão esperando que elas ganhem peso antes de fazerem a cirurgia, que deve envolver poucos riscos. "O jeito como estão unidas promete uma separação bem-sucedida, e temos uma equipe muito boa para quando elas estiverem prontas", disse o médico Stephen Welty, chefe de Neonatologia do Texas Children's Hospital. "As gêmeas ainda precisam de algum suporte respiratório, mas estão indo bem e não esperamos que tenham nenhum contratempo", completou.
De acordo com o hospital, o primeiro passo para a cirurgia será colocar expansores de tecido, que são balões que permitem que a pele se estique gradualmente. A pele "extra" será necessária para cobertura, quando os bebês estiverem separados. O processo de expansão da pele deve levar de seis a oito semanas. Quando esse processo terminará, será feita a separação.
O procedimento envolverá muitos cirurgiões, incluindo os de cirurgia geral pediátrica, urologia, cirurgia plástica, cirurgia ortopédica, cirurgia cardíaca e ginecologia. "Teremos dois times de cirurgiões. Um time vai começar, e uma vez que os bebês estiverem separados, os dois times vão se dividir para trabalhar em cada criança e terminar a reconstrução", diz o médico Darrell Cass, cirurgião pediátrico do hospital.
A mãe diz estar confiante de que a cirurgia será bem-sucedida e que poderá levá-las para casa no ano que vem. "Minha família foi tão abençoada, e essas garotas são nosso milagre especial", disse. O segundo nome de cada uma das irmãs, "Hope" e "Faith", significa "esperança" e "fé" respectivamente.
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