Disse que só trataria de sua volta diretamente com o presidente Roberto Dinamite. Assim foi feito. O acordo firmado até o fim da Série B — Joel queria um ano — também prevê o pagamento de dívidas antigas diluídas junto com o salário, que foi enquadrado na política financeira e será de menos de R$ 200 mil, próximo ao que recebia Adilson Batista.
O treinador, porém, receberá como pessoa jurídica, e levará o auxiliar Marcelo Sales e o preparador físico Ronaldo Torres com ele. O acerto entre Joel e Dinamite aconteceu na tarde de ontem e não contou com a participação do diretor Rodrigo Caetano, que viajou com a delegação para o jogo com o América-MG.
Desde que a contratação de Enderson Moreira não se concretizou, Caetano evitou falar em nomes para substituir Adilson Batista. Mas sabendo da preferência da cúpula do clube por Joel, passou a buscar referências sobre o treinador. Ao longo dos últimos dias, o diretor buscou no meio do futebol opiniões sobre o estilo de Joel Santana e, apesar de ter ouvido boas informações, se manteve contrariado.
Com a contratação encaminhada, o executivo falou com o presidente Roberto Dinamite ao longo do dia de ontem algumas vezes e se isentou de responsabilidade. Longe de ser unanimidade, Joel tem defensores e críticos no futebol do Vasco e precisará cativar a todos, inclusive os jogadores.
Um dos dirigentes do clube que tratou da volta de Joel se mostrou resignado com a escolha e já deu algumas risadas com as entrevistas do treinador.
— Só penso em subir para a primeira divisão, o resto é absorver e relevar — disse.
Um outro dirigente, próximo a Dinamite, deu demonstrações claras que a decisão foi do presidente.
—Foi a vontade do Roberto que prevaleceu no final — garantiu, pedindo para não ter seu nome revelado.
A expectativa agora é saber como se dará a rotina de trabalho entre um treinador à moda antiga e executivos ditos modernos. Como tudo no futebol brasileiro, só as vitórias facilitarão o diálogo.
Extra