Aqueles que estiveram presentes puderem ouvir algumas das propostas dos candidatos Rogério Salles (PSDB), Wellington Fagundes (PR) e Rui Prado (PSD).
A maior parte do discurso dos três candidatos foi voltada à defesa da revisão do Pacto Federativo – para redistribuição de recursos entre a União, governos estaduais e municipais –, maior autonomia aos municípios, além da promessa de ser um senador municipalista.
Primeiro a se apresentar, Rogério Salles disse que, como Senador irá “trabalhar para que junto com a descentralização dos serviços, venham os recursos. Vou defender a vinculação de recursos para que os municípios não sejam prejudicados com os incentivos fiscais concedidos pelo Governo Federal”, disse ele.
O republicano Wellington Fagundes lembrou que o Pacto Federativo é algo que se discute desde a época do Império. Segundo ele, é preciso não somente uma melhor distribuição de recursos, como também a distribuição dos ônus que as prefeituras estão assumindo nos Programas Federais. “Sempre aquele que tem mais força quer concentrar mais, por isso temos que colocar essa questão do Pacto Federativo como pauta inicial, já no primeiro dia do Governo”.
Em síntese, o candidato Rui Prado também defendeu os mesmos temas. “Minha primeira ação quando eu assumir o Senado será provocar a discussão do novo Pacto Federativo Brasileiro. Sambemos que o município é um ente da Federação e não está tendo valor conforme deveria ter. Município não é menor que o Estado ou a União, é mais um ente e queremos propor essa discussão, para que a população seja beneficiado a partir do momento que o município tiver mais recursos”, alegou ele.
Ausência de prefeitos
O presidente da AMM, Valdecir Luiz Colle, o 'Chiquinho do Posto', (PSD) lamentou a ausência dos prefeitos no encontro e ainda classificou os gestores das cidades mato-grossenses como uma classe desunida.
“Temos que entender que hoje se define tudo no Congresso Nacional. Muitas vezes a gente vai lá no Governo e reclama do Governo Federal, mas quem legisla é o Congresso Nacional. Então essa era a hora do prefeito estar aqui presente”, defendeu ele.
Chiquinho lembrou que, passado o processo eleitoral, Mato Grosso terá mais um senador eleito. Embora um senador não resolve todos os problemas municipalistas, o presidente alegou que se os chefes do executivo municipal se unirem e se organizarem, eles têm condições de, por exemplo, promover a tão falada mudança do Pacto Federativo.
“Discutimos isso (Pacto) desde o Império, mas nunca se muda. Não se muda por quê? Porque estamos em uma classe muito desunida. Prefeitos tem que se unir como as demais classes se unem. Se estivéssemos aqui hoje com 80, 100 prefeitos defendendo direitos municipalistas das pautas que temos em Brasília, poderíamos ter um maior sucesso para resolver estas questões”, finalizou ele.