Cidades

Malaysia Airlines irá cortar um terço de seus funcionários após prejuízos

 
O Khazanah Nasional, que detém a fatia majoritária de 69% da Malaysia Airlines, quer injetar recursos na companhia aérea em troca de uma redução da empresa com o objetivo de torná-la mais rentável nos próximos três anos, segundo a agência France Presse. As medidas fazem parte de um plano de reestruturação de US$ 1,9 bilhão, informou a agência Reuters.
 
A companhia quase dobrou as perdas no segundo trimestre após as tragédias com os voos MH370 e MH17, e advertiu em comunicado que a situação piorará até o fim do ano, publicou na quinta-feira (28) a imprensa local.
 
À Reuters, Mokhtar disse que investirá em "recapacitar" quem perdeu o emprego e prometeu montar um painel para melhorar as normalmente instáveis relações entre sindicatos e a administração. "Os recentes eventos trágicos e as dificuldades atuais da companhia criaram a tempestade perfeita que está permitindo que essa reestruturação aconteça", disse para repórteres em Kuala Lumpur.
 
A companhia também deverá deixar de operar voos para alguns destinos considerados "deficitários", mantidos até o momento por uma razão de prestígio. O objetivo é tornar a Malaysia Airlines uma companhia basicamente regional.
 
No final do ano deverá ser nomeado um novo diretor-geral. O atual, Ahmad Jauhari Yahua, continuará em seu posto até julho de 2015 para garantir uma transição suave, segundo a France Presse.
 
Prejuízos antes das tragédias
 
A Malaysia Airlines enfrenta dificuldades financeiras desde 2011. A companhia no entanto duplicou suas perdas no segundo trimestre deste ano após duas tragédias envolvendo aviões da Malaysia Airlines.
 
Em 8 de março, de um de seus voos que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim desapareceu. Em 17 de julho, outro voo comercial foi abatido com 298 pessoas a bordo em 17 de julho no leste da Ucrânia.
 
No total, perdeu mais de 900 milhões de euros (US$ 1,3 bilhão) em três anos, segundo a France Presse.
 
A companhia, que existe há 42 anos terá seu capital fechado (ou seja, não terá mais ações negociadas na bolda) até o final do ano, de acordo com informações da Reuters. O Khazanah assumirá 100% do controle quando a emprersa for retirada da bolsa. O fundo estatal informou que irá comprar a participação dos acionistas minoritários.
 
G1

Redação

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