Mais 30 câmeras estão sendo espalhadas pela cidade e que permitirão aos agentes monitorar acidentes, congestionamento e infrações de trânsito do município, por um Centro de Comando Operacional (CCO), dentro da SMTU, bem como emitir multas conforme estabelece o Código Brasileiro de Trânsito. Equipamentos que quantificarão o número e tipo de veículos que trafegam nas vias instaladas.
O cerco para motoristas infratores das leis de trânsito vai se estreitar nos principais eixos de Cuiabá. Nas avenidas Beira Rio, onde foi constatado alto índice de acidentes, na Rubens de Mendonça (do CPA), República do Líbano, ainda na Arquimedes Pereira Lima (na estrada do Moinho), Avenida das Torres, na Fernando Corrêa e Miguel Sutil.
Na Avenida General Melo existe um grande índice de infração de conversão à esquerda proibida em cruzamentos e avanço do semáforo, conforme avalia o diretor de trânsito da SMTU, Michel Diniz. Ali também será um local contemplado por radares semafóricos, bem como nas localidades da Getúlio Vargas e Isaac Póvoas.
Placas de sinalização também serão afixadas ao longo das vias indicando a velocidade máxima permitida, uma vez que, mesmo o condutor cruzando o sinal verde do semáforo, ele terá que passar no limite permitido pela legislação, pois do contrário a câmera também registrará a infração.
Toda a tramitação será realizada por meio de um consócio formado por empresas dos estados do Paraná e São Paulo, e da cidade de Brasília, que totaliza um investimento de R$ 39,8 milhões a ser administrado em quatro anos de contrato.
As lombadas estarão instaladas em pontos que geralmente têm grande travessia de pedestres, na Miguel Sutil, próximo à Arena Pantanal e à trincheira do bairro Santa Isabel, onde também está previsto um radar fixo no túnel, o pardal, para controlar a velocidade.
Alta velocidade e rachas com dias contados
Conforme as informações do presidente da Comissão de Trânsito da OAB-MT, entre os anos de 2012 e 2013, o número de acidentes na Grande Cuiabá aumentou 700%. Ele salienta a presença constante de “rachas” de carros, em determinados dias e horários.
“É terrível isso! A gente não tem tranquilidade. Não sabemos aonde andar. Os pedestres, os corredores, os ciclistas correm risco o tempo todo, no dia a dia nosso, de atravessar uma rua. Pare um pouco, qualquer um da cidade, num determinado cruzamento e veja quantos carros fazem conversão proibida. É claro que é falta de cultura, de educação e eu quero acreditar que os radares serão mais um mecanismo em prol da sociedade”, continua o advogado José Antônio.