O engenheiro da empresa, Leonardo de Souza Pepiliasco, disse ao Circuito Mato Grosso que a empresa só tem permissão para iniciar os trabalhos após a assinatura do contrato. “Fomos a única empresa a demonstrar interesse pela obra, agora, aguardamos a assinatura do contrato, depósito do seguro de garantia e a emissão da ordem de serviço por parte da SECOPA”, afirmou.
O prazo de execução da obra é de 60 dias, a contar da emissão da ordem de serviço e publicação no Diário Oficial. A expectativa é concluir o serviço, antes que o período das chuvas volte.
Segundo a SECOPA, o contrato só não foi assinado, já que oito famílias ainda residem em cima do morro, na Rua Xavante, bairro Santa Helena. Ao todo, 10 famílias aguardam a desapropriação de suas casas e pagamento de indenização, que segundo a SECOPA ficará no total de R$ 2,8 mil.
Pós o desmoronamento do barranco, ocorrido em novembro de 2013, devido a uma forte chuva na Capital, duas famílias precisaram ser removidas imediatamente do local, pelo risco de novos desastres. Atualmente, elas recebem um aluguel social, pago estado.
Falta de informações
Enquanto a Secopa afirma ter entrado em acordo com todos os proprietários, aguardando apenas a liberação do dinheiro no setor financeiro da pasta, moradores alegam falta de informação por parte da secretária.
Ao Circuito Mato Grosso, a moradora Evani Arena, disse que não tem informações concretas sobre a sua permanência no local. “A Secopa ainda não entrou em contato, ninguém apareceu. Minha casa ficou danificada com o desmoronamento, mas não sei se vou permanecer aqui. Antes do ocorrido a minha ideia era a de reformar, cheguei a comprar materiais de construção, agora esta tudo parado”, desabafa a moradora.
Erro
Durante a edificação do viaduto, cujo custo foi de R$ 18,9 milhões, as empreiteiras responsáveis pela obra fizeram um corte no barranco sem que houvesse planejado a construção de um muro de arrimo no local para evitar deslizamentos. O erro foi denunciado com exclusividade pelo Circuito Mato Grosso em setembro do ano passado.
À época, o geólogo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), Mário Cavalcanti de Albuquerque, disse ao Circuito que o corte praticado colocou a rocha em exposição, abrindo a possibilidade de deslizamentos em época de chuva, o que veio a se concretizar meses depois.