Em atuação inspirada, Paulo Henrique Ganso marcou um golaço para abrir o placar contra seu ex-clube, ainda na etapa inicial. Já aos 40 do segundo tempo, o árbitro Vinícius Furlan marcou pênalti de Álvaro Pereira sobre Rildo. Apesar das reclamações dos tricolores, Gabriel converteu a cobrança.
No entanto, dois minutos depois, Alexandre Pato recebeu passe de Denilson para dar a vitória ao São Paulo, que chegou aos 32 pontos e foi beneficiado por tropeços de concorrentes diretos, assumindo assim o segundo lugar, atrás apenas do Cruzeiro. Já a equipe de Oswaldo de Oliveira tem 23 pontos, no meio da tabela.
O Tricolor volta a campo no domingo, quando enfrentará o Figueirense, às 16 horas (de Brasília), no Orlando Scarpelli. O Santos tem compromisso na mesma hora que o rival, diante do Botafogo, no Maracanã. Antes, o Peixe jogará pela Copa do Brasil, na quinta-feira, contra o Grêmio, em Porto Alegre.
O jogo – O São Paulo tentou assumir o controle da partida desde início, mas, em seu primeiro avanço, com menos de um minuto, Pato acertou o braço no rosto de Cicinho e recebeu o cartão amarelo. O Santos, então, mostrou que não estava disposto a ficar acuado em seu campo defensivo e, na resposta, forçou um erro adversário para ameaçar.
Paulo Miranda passou curto para Edson Silva, que bobeou e perdeu para Thiago Ribeiro. O atacante invadiu a área pela esquerda e tocou para Gabriel, mas Álvaro Pereira chegou na hora certa para atrapalhar o adversário. Os dois times apostaram na velocidade no começo do duelo, e Ganso fez passe preciso na esquerda para Álvaro Pereira, que cruzou rasteiro para a pequena área, mas, diante de dois são-paulinos, Aranha espalmou e ainda contou com o complemento da defesa.
Aos poucos, o São Paulo conseguiu se posicionar mais à frente, aproveitando a movimentação de Kaká, Ganso, Kardec e Pato. Por isso, o Santos se estruturou para evitar o toque de bola da rápida linha de passe dos mandantes. No entanto, o Peixe falhou em uma simples cobrança de lateral e acabou castigado.
Aos 23, Paulo Miranda fez o arremesso para a área, e Kardec desviou de cabeça para trás. Ganso, então, dominou de costas para a meta e girou sobre Alison para mandar no ângulo de Aranha, marcando um golaço no Morumbi. O gol desestabilizou o Santos, mas o São Paulo não conseguiu emendar lances de perigo para tentar ampliar.
Com falhas na hora de fazer o último passe antes da assistência, o São Paulo ainda tentou ameaçar novamente aos 34, quando Ganso passou na direita em busca de Paulo Miranda. A zaga afastou provisoriamente, pois a bola sobrou para Alexandre Pato arriscar, mandando direto para fora na sequência.
O Santos também lutava para encontrar alternativas no ataque, mas era parado pelos defensores são-paulinos. Já perto do fim da etapa, Thiago Ribeiro balançou na frente do marcador pela esquerda e rolou para Lucas Lima, que chegou chutando, mas acertou a defesa são-paulina. Na cobrança do escanteio, Edu Dracena levou a melhor pelo alto e mandou de cabeça, mas Rogério Ceni fez a defesa.
Do outro lado, o São Paulo deu a resposta. Alan Kardec aproveitou falha defensiva do adversário, dominou pela direita e cruzou na medida para Kaká, que cabeceou para fora. No intervalo, o técnico Oswaldo de Oliveira fez uma mudança na equipe, tirando Leandro Damião para a entrada de Rildo.
A mudança de postura das equipes ficou bem clara no início do segundo tempo, o Santos se lançando mais aberto ao ataque, dando espaços para os contragolpes são-paulinos. Logo na primeira chance da etapa, Mena avançou em velocidade pela esquerda e cruzou rasteiro para Gabriel, que, atrapalhado pela defesa, furou e não conseguiu aproveitar.
Porém, o São Paulo ficou bem posicionado para responder em velocidade. Depois que Edson Silva tirou de cabeça bola cruzada para a área, o Tricolor partiu para a resposta, e Kaká recebeu pela esquerda para arrematar, dando trabalho ao goleiro Aranha. Os visitantes perceberam que o caminho para a área são-paulina era pela esquerda do ataque, pelo setor defendido por Paulo Miranda. Foi assim que Mena chegou à linha de fundo e cruzou para Gabriel, que desperdiçou mais uma, mandando para fora.
A nova postura do Santos deixou o jogo melhor, porque o São Paulo também não desistiu de avançar. Assim, Alan Kardec recebeu pela direita e finalizou cruzado, rasteiro, fazendo com que Cicinho interceptasse, facilitando o trabalho de Aranha, que agarrou na sequência.
Em seguida, o ritmo do jogo caiu um pouco, e o Tricolor só voltou a ameaçar aos 18 minutos, no lance em que Ganso recebeu de Kaká pela direita da área e mandou atrás da zaga para Pato, que emendou um voleio, mas sem direção. Como não tem um meio-campo tão criativo quanto do rival, o Santos teve de recorrer às bolas aéreas e foi assim que Edu Dracena quase empatou, pois cabeceou raspando a trave depois de cobrança de escanteio.
Sem conseguir assumir um domínio para pressionar, Oswaldo de Oliveira fez mais uma alteração, com Souza no lugar de Alison. Mesmo assim, o Peixe continuou dando espaço para os contragolpes. Depois de mais uma bola aérea afastada pelo Tricolor, Ganso fez excelente lançamento para Alexandre Pato, que deixou Cicinho e Arouca para trás e saiu de frente para Aranha, mas o atacante finalizou em cima do goleiro.
No momento em que o Santos atacava já no desespero, o árbitro marcou pênalti de Álvaro Pereira sobre Rildo, em lance que gerou muita reclamação dos são-paulinos. Assim, aos 40, Gabriel fez a cobrança para empatar o jogo. Na comemoração, o garoto tirou a camisa e fez gesto de silêncio para a torcida adversária.
Porém, dois minutos depois, os são-paulinos vibraram. Ganso tocou para Denilson, que fez boa assistência para Alexandre Pato. Aranha fez a defesa no primeiro chute, mas a sobra ficou com o atacante, que mandou para a rede.
Gazeta Esportiva